Soilwork – 09-09-2016 – Rio de Janeiro (Teatro Odisseia)

soilwork-rj-09setembro-por-allan-barata-3Texto por Allan Barata – Fotos por Allan Barata – Edição por André Luiz

A saga dantesca do Soilwork começou pelo purgatório para os fãs brasileiros – vinte anos de carreira e nem uma única passagem dos suecos de Helsingborg que estão entre os precursores do melodic death metal. E, como prometido pelo vocalista Björn Strid, a apresentação foi verdadeiramente um inferno.

Recebendo um público razoável, o Teatro Odisséia foi da Luxúria à Traição com um setlist violento que atravessou todas as eras do som da banda – da raíz mais crua com “Bastard Chain” até as composições mais melódicas e belas dos últimos dois álbuns, com músicas como “The Living Infinite” e “Petrichor By Sulfur”. Nessa jornada de nove círculos, nosso Virgílio foi o “Speed”, como é conhecido Björn – é o único remanescente dos tempos antigos, já que Dirk Verbeuren se juntou recentemente ao Megadeth, banda a qual o baterista cresceu ouvindo. Mas não pense que o fato do restante da banda não estar presente há tanto tempo tirou uma parcela sequer de suas almas em cima do palco: Sylvain Coudret e Markus Wibom são duas bestas tocando, misturando expressividade, energia e interação com o público – inclusive o segundo ficou um pouco mais para a festa que aconteceria logo após o show.

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Como o show necessitou ser um pouco encurtado, muitos sentiram a falta de músicas dos álbuns “Natural Born Chaos” e “Sworn To A Great Divide”, embora a banda tenha surpreendido a todos ao tocar “Follow The Hollow” no encore – questão previsível, encaixar duas décadas de carreira em um show só é tarefa que nem Dante conseguiria. Nada disso tirou o brilhantismo do Soilwork neste histórico momento. Concluir sua história no Rio de Janeiro com “This Momentary Bliss” e “Stabbing The Drama” deixou uma paz que só é obtida através da morte – estávamos no Paraíso.

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Certamente um dos melhores shows da história do Odisséia, tudo graças à Liberation Music Company que, não apenas credenciou nossa equipe e sorteou um Meet & Greet gratuito, como continua se esforçando ano após ano para criar uma fã base sólida no cenário do metal carioca, mesmo com obstáculos recorrentes. Após a incrível recepção brasileira, certamente o Soilwork não demora mais 20 anos para um retorno.

Set List Soilwork:
The Ride Majestic
Nerve
The Chainheart Machine
The Crestfallen
Death In General
Tongue
Overload
Petrichor By Sulphur
The Living Infinite I
Bastard Chain
Rejection Role
Whirl Of Pain

This Momentary Bliss
Follow The Hollow
Stabbing The Drama

 

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2 thoughts on “Soilwork – 09-09-2016 – Rio de Janeiro (Teatro Odisseia)”

  1. Só uma correção a ser feita, a banda não é de Gotemburgo, e sim de Helsingborg, porém estão no contexto de bandas precursoras do estilo. Grande abraço.

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