Millencolin – 13-11-2015 – Rio de Janeiro (Fundição Progresso)

Millencolin - RJ - nov-2015 - por Allan Barata_O6A2063web_wmTexto por Allan Barata – Fotos por Allan Barata – Edição por André Luiz

A sexta-feira treze de novembro não foi dia de azar, mas sim de fazer escolhas. No Circo Voador, Ratos de Porão e Krisiun faziam os medidores da escala Richter alcançarem alta magnitude, enquanto na Fundição Progresso o Millencolin trazia melancholies, ollies e hardflips com seu punk rock e hardcore.

Quem optou pelos suecos recebeu uma enxurrada de nostalgia adolescente. Calma! Antes do setlist de 23 músicas dos caras, tivemos mais hardcore com os caras da Glove Pistol e do Diabo Verde. Infelizmente o público carioca tem uma tendência feia: uma certa indiferença quanto à bandas de abertura. O Glove Pistol fez um show um tanto intimista, para não dizer vazio. Cerca de duas dúzias de fãs se posicionavam na grade, enquanto um número bem maior se encontrava sentado ao fundo da pista, obviamente esperando pelo Millencolin. Um setlist com algumas músicas autorais do EP que estava sendo vendido em forma de pen drive na Fundição, covers de Alexisonfire, Charlie Brown Jr e um pretensioso cover de Ray Charles – a interação maior foi até com os fotógrafos do pit.

Algumas tímidas palmas e logo em seguida vinha o Diabo Verde, liderado por Paulinho Coruja. Bem mais conhecida, já tendo tocado no Rio Banda Fest em Junho e recebendo grande apoio da Rádio Cidade FM, na qual Paulinho Coruja apresenta “A Hora dos Perdidos”, o público aumentou bem de número, mas ainda aquém do que o evento pedia. Invariavelmente triste. O setlist foi cantado junto por quem já acompanha a banda – “Levantar e Lutar”, “O Que Realmente Importa” e, minha preferida, “Saudades do Futuro” foram algumas das escolhidas pra presentear quem ignorou a promessa de azar do dia e saiu de casa.

O Millencolin era uma casquinha de sorvete jogada na calçada e os fãs eram formigas. Pouco antes de sua apresentação, a Fundição Progresso magicamente lotou. Fazendo a divulgação do seu álbum ‘True Brew’, a banda agradou mesmo com os clássicos – o que todo adolescente ouvia enquanto se estabacava de skate nos anos 90. Acima de tudo, prevaleceu a diversão. Nikola Sarsevic e Mathias Färm eram os mais animados – o segundo esbanjava pulos, ficando de joelhos nos solos, jogando palhetas no ar. Era a definição de diversão.

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“Dance Craze”, “Bullion”, “No Cigar”, “Duckpond”… Nada foi deixado a desejar. Era uma comemoração – a vibe era tão sensacional que teve muito crowd surfing e até nosso amigo fotógrafo vovô Daniel Croce sem camisa, no meio da galera. Pra uma banda que tem mais de 20 anos de carreira e não vinha ao Brasil desde 2010, o Millencolin retribuiu todo o amor que fora lhe dado. Agradecimentos à assessoria da Fundição Progresso pelo credenciamento de nossa equipe na cobertura do evento.

Set List Millencolin:
Egocentric Man
Penguins & Polarbears
Twenty Two
Fox
Sense & Sensibility
Happiness For Dogs
Bullion
Man Or Mouse
True Brew
Dance Craze
Olympic
Bring Me Home
Cash Or Clash
Autopilot Mode
Kemp
Mr. Clean

Black Eye
Leona
Duckpond
Lozin’ Must
Farewell My Hell
The Ballad
No Cigar

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