Knotfest Brasil 2022 – 18-12-2022 – São Paulo (Sambódromo do Anhembi)

Texto por Alvaro Ramos – Fotos por Felipi Arius, 30EThirty Entertainment e Midiorama – Edição por André Luiz

Após ser adiado em um ano devido ao período de pandemia, o Sambódromo do Anhembi sediou no domingo (18) algo que parecia inimaginável aos fãs de música pesada no nosso país: a primeira edição do Knotfest em terras brasileiras. O festival foi idealizado pelo Slipknot e é realizado desde 2012 em diversas cidades ao redor do globo, composto por line ups de peso mesclando bandas clássicas e novos nomes da cena mundial.

A edição brasileira não ficou para trás e trouxe além dos donos do festival, ícones como Judas Priest e a tão aguardada turnê de reunião do Pantera. O lendário Mike Patton, vocalista do Faith No More, também esteve entre os grandes nomes presentes no festival, e tocou com o Mr. Bungle, a primeira banda da sua carreira. Grupos mais novos, mas já consolidadas entre os grandes nomes da música pesada mundial como Trivium e Bring Me The Horizon também marcaram presença no festival. E para completar o time interacional, o Knotfest Brasil contou com o Vended, banda liderada por Griffin Taylor, filho do Corey Taylor, a voz do Slipknot. Já os representantes nacionais foram Jimmy & Rats, Oitão, Project 46 e, para fechar com chave de ouro, o Sepultura, maior nome do metal brasileiro mundo afora.

Além das atrações musicais, um dos chamarizes do Knotfest trata-se do famoso Knotfest Museum, um museu montado na área do evento o qual reunia diversos itens da carreira do Slipknot. Aqueles que encararam as horas de fila para entrar no museu puderam conferir peças como os clássicos macacões usados pelos membros da banda, as famosas máscaras que são a maior identidade do Slipknot, além de instrumentos musicais, premiações da revista Kerrang! e Grammy, discos de platina, itens pessoais raros e muito mais.

A estrutura do festival oferecia diversas opções gastronômicas, além de acessibilidade, banheiros, e merchandising. Além disso, a estrutura contou também com um telão pelo qual foi transmitida a final da Copa do Mundo e uma área de arquibancada para quem quisesse acompanhar o jogo, já que a data da final foi a mesma do festival. Já a distribuição dos palcos Carnival Stage e Knotstage, diferentemente de outros festivais ocorridos no Brasil, contou com palcos montados nos extremos do Sambódromo do Anhembi – uma distância de mais de um quilômetro entre os mesmos, em meio a multidão. Como os shows não possuíam intervalo entre si, parte do público não ambientado ao formato reclamou em demasia, pois se estivesse no Carnival Stage e quisesse assistir o show seguinte no Knotstage, era necessário perder o final show que estava acontecendo para chegar a tempo do outro.

Mesmo com muita dificuldade para entrar no festival nas primeiras horas – final da copa do mundo, além do contingente de pessoas presentes para evento geek no Pavilhão do Anhembi e o público cativo de domingo na Praça Heróis da FEB –, uma boa plateia encontrava-se no interior do Sambódromo para assistir a apresentação do Black Pantera, banda que entrou para o elenco do festival de última hora, substituindo os estadunidenses do Motionless In White que acabaram cancelando a participação no Knotfest devido a problemas de saúde do vocalista Chris “Motionless” Cerulli.

O trio mineiro iniciou com “Padrão é o caralho”, e liderada por Charles Gama, despejou no palco do festival um repertório recheado de mensagens políticas calcadas em muita energia, com direito ao vocalista descendo no mosh junto ao público, trecho de “Negro Dama” dos Racionais MC’s durante um cover certeiro de “A Carne” da Elza Soares, um moshpit apenas para mulheres durante “Abre a roda e senta o pé”, finalizando com um wall of death durante a derradeira “Execução na Av. 38”.

Set List Black Pantera:
Padrão é o caralho
Mosha
Legado
Godzila
Fogo nos racistas
A carne (Elza Soares cover)
Abre a roda e senta o pé
Execução na Av. 38

Quando Jimmy & Rats entrou no palco, já havia um público um pouco maior, mas ainda assim milhares de pessoas aguardavam do lado de fora enquanto tentavam entrar para acompanhar os shows. Durante 20 minutos de apresentação, Jimmy London demonstrou que não vive apenas do passado com o Matanza, executando apenas “Tempo Ruim” de sua ex-banda e focando o repertório na trajetória junto ao Rats – formado por Kito Vilela (guitarra), Fernando Oliveira (banjo, bandolim), Gajo Loko (acordeão, washboard), Bruno Pavio (baixo) e Pedro Faucom (bateria). “Do Meu Jeito” e “Pra Nunca se Entregar” foram pontos altos que fizeram o público se divertir e vibrar com a interessante sonoridade, já que a banda leva ao palco instrumentos como bandolim, acordeom e flautas para incrementar à sua sonoridade. Após “Pra Nunca se Entregar”, Jimmy agradeceu o público e anunciou o Oitão, banda com a qual dividiam o horário no Carnival Stage.

A banda do MasterChef Henrique Fogaça – acompanhado por Ciero (guitarra), Ricardo Quatrucci (guitarra), Tchelo (baixo) e Rodrigo Oliveira (bateria) – também teve apenas 20 minutos de show, mas entregou uma performance pesadíssima e deu espaço para várias rodas de bate cabeça – corriqueiras durante todo o festival. Faixas como “Pobre Povo”, “4º Mundo” e “Tiro na Rótula” compuseram o repertório, o qual apesar de compacto foi o suficiente para agradar ao público que vibrava com a energia da banda.

Set List Jimmy & Rats:
Do Meu Jeito
Medo
Anne Bonny
O Temido Lobo do Mar
Tempo Ruim
Pra Nunca se Entregar

Set List Oitão:
Intro / Pobre Povo
Impunidade
4º Mundo
Só Lhe Restam Trevas
Doença
Tiro na Rótula

No Knotstage, iniciou-se em seguida o show do Project46, banda que atualmente tem grande destaque no cenário do metal nacional e presença marcante nos grandes festivais do gênero. Durante aproximadamente 45 minutos, os paulistas agitaram o público, que fez várias rodas em meio à pista e cantou com a banda faixas como “Violência Gratuita”, “Acorda pra Vida” e “Pode Pá”. O frontman Caio MacBeserra – ao lado de Vini Castellari (guitarra), Jean Patton (guitarra), Baffo Neto (baixo) e Betto Cardoso (bateria) – comandou a apresentação em meio a muitos palavrões, dividindo seu microfone com o público e organizando um wall of death ao fim. Destaque para a presença de palco do trio de acordas, o qual demonstrava uma energia contagiante.

Set List Project46:
Atrás das Linhas Inimigas
Violência Gratuita
Impunidade
Rédeas
Pânico
Erro +55
Pode pá
Foda-se (Se depender de nós)
Acorda pra vida

Pontualmente às 13h10m – vale abrir um parêntese para elogiar a pontualidade do festival, com todos os shows começando exatamente no horário marcado –, entraram no Carnival Stage o Trivium, que em mais de 20 anos de banda já pode ser considerada um dos grandes nomes do cenário mundial. Matt Heafy (vocal, guitarra), Paolo Gregoletto (baixo), Corey Beaulieu (baixo) e Nick Augusto (bateria) iniciaram a apresentação com “In the Court Of The Dragon”, faixa-título do mais recente álbum de estúdio da banda, e em um set list de 55 minutos contendo oito músicas, mesclaram faixas de várias fases da banda, sem deixar de fora os grandes clássicos como “In Waves” e “Strife”, que levaram o público à loucura.

A apresentação acabou sendo bastante similar a apresentada dias antes no Cine Joia em São Paulo, inclusive nos discursos de Heafy sobre a ligação com o jiu jitsu ou as lembranças de feijoada e caipirinha na primeira visita da banda ao país em 2012, as frases em um portunhol arrastado como “fo## para cara###” ou “pule comigo”, brincadeiras sobre a energia do público se comparado com o de Buenos Aires, o mosh pit frenético durante “Pull Harder On The Strings Of Your Martyr” e, orientando o público durante “In Waves” para abaixar-se e pular ao seu comando.

Set List Trivium:
X / In The Court Of The Dragon
Down From The Sky
The Sin And The Sentence
A Gunshot To The Head Of Trepidation
The Heart From Your Hate
Strife
Pull Harder On The Strings Of Your Martyr
Capsizing The Sea / In Waves

Voltando ao Knotstage, um pouco depois das duas da tarde foi a vez do Vended iniciar os seus trabalhos. A banda, liderada por Griffin Taylor (vocal) e Simon Crahan (bateria), filhos de Corey Taylor e M. Shawn “Clown” Crahan do Slipknot demonstrou que estava presente também pela pela competência para conduzir um show impecável com o seu metal cru e objetivo. Completam a line up Cole Espeland (guitarra), Jeremiah Pugh (baixo) e Connor Grodzicki (guitarra).

Boa parte do público parecia não conhecer tão bem o trabalho da banda, mas o carisma e a performance do frontman Griffin foi mais que suficiente para entreter o público e entregar um show de altíssima qualidade. No repertório, faixas do EP debut de 2021 ‘What Is It//Kill It’ e singles “soltos” – alguns deles nem sequer ao menos lançado nas plataformas digitais, com destaque para “Ded To Me” e a trinca final formada por “Asylum”, “Fear Forgotten” e “Antibody”. Vended com certeza será uma banda que voltará mais vezes após ter conquistado fãs durante sua primeira passagem pelo Brasil.

Set List Vended:
Ded To Me
Burn My Misery
Bloodline
Overall
Don’t Scream
My Wrongs
Asylum
Fear Forgotten
Antibody

Ao término da apresentação do Vended, foi a vez do Sepultura chegar no Carnival Stage com a turnê do disco ‘Quadra’, que vem sendo considerado um dos melhores discos da banda na voz de Derrick Green. O show foi marcado não apenas pela excelente performance de Derrick Green, Andreas Kisser, Paulo Xisto e Eloy Casagrande, mas também pelas participações de peso que fizeram jams com a banda.

Após a trinca inicial formada pelas recentes “Isolation” e “Means To An End” intercaladas pelo hino “Refuse/Resist”, Andreas Kisser se dirigiu ao microfone para falar algumas palavras, agradecer aos fãs presentes, e anunciar que no backstage do festival estavam vários amigos da banda, e que eles chamariam alguns para fazer participações especiais reproduzindo às Sepulquartas – lives semanais que a banda fazia virtualmente durante a pandemia.

Desta forma, em meio a clássicos como “Propaganda” e Dead Embryonic Cells”, Scott Ian (Anthrax, Mr. Bungle) se juntou ao quarteto para uma versão matadora de “Cut-Throat”, Matt Heafy do Trivium subiu ao palco durante “Slave New World” e Phil Anselmo cantou “Arise” com Derrick Green. O Sepultura encerrou sua apresentação com “Ratamahatta” e o clássico dos clássicos, “Roots Bloody Roots”, encerrando um show memorável em todos os sentidos.

Set List Sepultura:
Isolation
Refuse/Resist
Means To An End
Cut-Throat
Propaganda
Dead Embryonic Cells
Agony Of Defeat
Slave New World
Arise
Ratamahatta
Roots Bloody Roots

Quando o show do Sepultura se encerrava no Carnival Stage, o Mr. Bungle já se preparava para entrar no Knotstage e fazer o que, na opinião deste que vos escreve, foi um dos shows mais marcantes do festival. A banda de Mike Patton, a voz do Faith no More, veio com uma formação de peso: Dave Lombardo (Slayer, Suicidal Tendencies) na bateria, Scott Ian (Anthrax) na guitarra, além de Trey Spruance na guitarra e Trevor Dunn no baixo.

O show foi uma mistura de todas as influências de Mike Patton, que com a sua genialidade e insanidade mostrou o motivo de ser um dos vocalistas mais versáteis que já existiram. Com suas letras e falas irreverentes, Patton passou por canções próprias do Mr. Bungle como “Anarchy Up Your Anus” e “Raping Your Mind”, mas também fez vários covers desde a entrada de sombreiro em “Won’t You Be My Neighbor” de Fred Rogers – o que dizer da mistura inusitada da intro “Hell Awaits” do Slayer com a canção indie “Summer Breeze” dos Seals & Crofts – ao final homenageando a América do Sul com versões de “Territory” do Sepultura –participações de Andreas Kisser e Derrick Green –, e “Gracias A La Vida”, música do Violeta Parra que é praticamente um hino sul-americano.

Entre uma música e outra, Mike Patton conversou bastante com o público e mostrou que sabe falar um bom português, inclusive desfilou um bom repertório de palavrões em nosso idioma e brincou com a derrota da seleção francesa na final da copa do mundo de futebol. Com muito carisma e qualidade vocal e instrumental impecável, o Mr. Bungle foi sem dúvidas um dos pontos altos do Knotfest.

Set List Mr. Bungle:
Won’t You Be My Neighbor (Fred Rogers cover)
Anarchy Up Your Anus
Raping Your Mind
Bungle Grind
Eracist
Spreading The Thighs Of Death
Glutton For Punishment
Hell Awaits (Intro – Slayer cover) / Summer Breeze (Seals & Crofts cover)
Hypocrites
Speak English Or Die (Stormtroopers Of Death cover)
World Up My Ass (Circle Jerks cover)
Sudden Death
Gracias A La Vida (Violeta Parra cover)
Territory  (Sepultura cover)

Um dos momentos mais esperados por boa parte do público do festival; o show do Pantera, o qual infelizmente não contou com a presença do baixista Rex Brown, que foi obrigado a deixar a turnê após contrair covid-19. Mesmo sem Rex Brown, o Pantera fez um show pesadíssimo, repleto de clássicos e contendo várias homenagens aos integrantes falecidos, os irmãos Dimebag Darrell e Vinnie Paul.

Desde o início com a “New Level” e “Mouth For War” regadas a bastante pirotecnia no palco, Phil Anselmo demonstrou estava com uma voz e performance impecáveis. Além dele, a formação do Pantera atual contava com Zakk Wylde (simplesmente a escolha perfeita para fazer as guitarras de Dimebag), Charlie Benante (Anthrax) e o baixista Derek Engemann, o qual teve a difícil missão de substituir às pressas o baixista Rex Brown – e a cumpriu com maestria.

Durante quase uma hora e meia, os fãs fizeram rodas por toda a pista do Anhembi e cantaram em altíssimo volume clássicos absolutos do Pantera como “Becoming” e “Walk”, emocionou-se durante “This Love” e na homenagem à Dimebag/Vinnie durante a versão de “Planet Caravan” do Black Sabbath introduzida por “Cemetery Gates” – com imagens dos músicos no telão –, além de vibrarem ao som da derradeira “Cowboys From Hell”, faixa título da grande obra-prima da banda e que encerrou uma apresentação a qual com certeza ficará na memória de quem estava presente no Knotfest. A citar, o momento mais “tranquilo” da performance foi o trecho de “Stairway To Heaven” do Led Zeppelin cantarolado por Anselmo antes de deixar o palco, ovacionado por milhares de fãs.

Set List Pantera:
A New Level
Mouth For War
Strength Beyond Strength
Becoming / Throes Of Rejection
I´m Broken / Demons Be Driven
5 Minutes Alone
This Love
Yesterday Don’t Mean Shit
Fucking Hostile
Cemetery Gates / Planet Caravan (Black Sabbath cover)
Walk
Domination / Hollow
Cowboys From Hell

Já com o dia virando noite, às 18h25m o Bring Me the Horizon entrou no Knotstage disparando “Can You Feel My Heart”, uma das músicas mais conhecidas da banda. Havia um grande número de pessoas usando camisas dos britânicos, e a banda conseguiu fazer um show que agradou até mesmo aqueles que não a conheciam.

O vocalista Oliver Sykes foi com certeza o frontman estrangeiro que mais falou português durante o show, o que derreteu os fãs da banda e cativou o público que não era tão familiarizado com o trabalho do BMTH – para quem não sabe, Oliver é casado com a brasileira Alissa Salis tendo residência em Taubaté até CPF nacional. Entre frases como “vocês estão pirando na batatinha” ou “vocês estão loucos”, o frontman interagiu constantemente junto ao público presente, inclusive cantando “Drown” próximo à grade e abraçando alguns fãs.

O repertório foi bastante semelhante ao apresentado no side show em São Paulo dois dias antes, destacando-se a substituição de “Antivist” – a qual no Vibra SP contou com participação especial de Pabllo Vittar – por “Sleepwalking” recheada de efeitos especiais – aliás, este foi um ponto de destaque desde o início da apresentação dos britânicos. O final contou com “Obey” e “Throne” durante a qual Sykes, assim como no side show, pediu para todos sentarem e posteriormente pularem ao seu comando.

Set List Bring Me the Horizon:
Can You Feel My Heart
Happy Song
Teardrops
Mantra
Dear Diary
Parasite Eve
sTraNgeRs
Shadow Moses
Itch for the Cure (When Will We Be Free?) / Kingslayer
DiE4u
Sleepwalking
Drown
Obey
Throne

Voltando ao Carnival Stage, às 19h45m foi a vez de o Judas Priest iniciar a última apresentação daquele palco; os deuses do metal demonstraram mais uma vez ao público brasileiro o motivo de serem considerados os grandes expoentes do Heavy Metal entregando uma potência e qualidade indescritíveis aos 50 anos de carreira. Comandado por Rob Halford, o Priest trouxce na line up Ian Hil (baixo), Richie Faulkner (guitarra), Scott Travis (bateria) e Andy Sneap (guitarra).

O metal god conversou com o público poucas vezes durante o show, mas sempre com muito carisma, inclusive beijando uma bandeira brasileira – com símbolo do Priest – ao fim. O set list do Judas Priest abrangeu desde os grandes clássicos da carreira, como “Painkiller”, “You’ve Got Another Thing Comin’”, “Electric Eye” e “Screaming For Vengeance”, até “Firepower”, faixa título do último trabalho de estúdio da banda. Antes de “The Green Manalishi (With the Two Prong Crown)”, o baterista Scott Travis assumiu o microfone e comentou que aquele era o 101º show da turnê “50 Heavy Metal Years” e prometeu aos milhares de fãs: “estamos muito longe de parar”.

Após a apoteótica “Painkiller”, os músicos dirigiram-se ao backstage e para o bis, Halford retornou ao palco pilotando uma Harley Davidson para cantar o petardo “Hell Bent For Leather”, emendando nas clássicas “Breaking The Law” e “Living After Midnight”, fechando com chave de ouro o último show do Carnival Stage no Knotfest.

Set List Judas Priest:
The Hellion / Electric Eye
Riding On The Wind
You’ve Got Another Thing Comin’
Jawbreaker
Firepower
Devil’s Child
Turbo Lover
Steeler
Between The Hammer And The Anvil
Metal Gods
The Green Manalishi (With the Two Prong Crown) (Fleetwood Mac cover)
Screaming For Vengeance
Painkiller

Hell Bent For Leather
Breaking The Law
Living After Midnight

No dado momento, como não haveria mais atrações no Carnival Stage, todo o público presente no festival se dirigiu ao Knotstage, sendo possível ter uma dimensão da imensidão do público presente – mais de 40.000 pessoas lotaram o palco principal para aguardar o show dos donos do festival. Às 21h20m, as luzes se apagaram e Corey Taylor (vocal),  Shawn “Clown” Crahan (percussão), Sid Wilson (DJ), Mick Thomson (guitarra), Jim Root (guitarra), Alessandro Venturella (baixo), Craig Jones (pickups), Jay Weinberg (bateria) e Michael “Tortilla Man” (percussão) invadiram o Knotstage tirando o folego dos fãs ao som de “Disasterpiece”, fazendo com que aquele mar de gente pulasse e cantasse cada verso da faixa.

Na sequência, petardo atrás de petardo; canções como “Psychosocial”, “Duality” e o hino do disco de estreia “Spit It Out” enlouqueceram o público, mas faixas mais novas como “The Dying Song” e “Unsainted”, dos trabalhos mais recentes da banda, não ficaram de fora. “É uma honra voltar à São Paulo. Agora vocês estão no meu show e sabe o que isso significa? Que agora vocês são meus”, discursou Corey anunciando “Before I Forget”. Taylor, com todo o seu carisma, aproveitava os intervalos entre as músicas para interagir com os fãs, fazer brincadeiras, e repetiu em vários momentos que eles e os fãs eram uma grande família.

O saldo positivo da primeira edição do Knotfest Brasil finaliza com louvores um 2022 de retomada dos grandes eventos ao país passado o período de pandemia. A tendência dos grandes festivais internacionais aportarem em nossas terras com versões nacionais, evidencia a força do entretenimento no Brasil mesmo após um espaço de tempo tão obscuro na área de eventos. Os eventos simultâneos na região e data coincidindo com final de copa do mundo – após o reagendamento inicial – interferiram em uma entrada mais lenta ao Sambódromo do Anhembi, porém a estrutura apresentada ao público no interior do local e o line up de peso do festival compensaram os dois anos de espera dos milhares de presentes para participar da histórica primeira edição do Knotfest no Brasil (agradecimentos à 30E – Thirty Entertainment e Midiorama).

Set List Slipknot:
Disasterpiece
Wait And Bleed
All Out Life
Sulfur
Before I Forget
The Dying Song (Time To Sing)
Dead Memories
Unsainted
The Heretic Anthem
Psychosocial
Duality
Custer
Spit It Out

(515) / People = Shit
Surfacing

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