Fonte: Blabbermouth
O vocalista do Iron Maiden, Bruce Dickinson, afirmou querer que a banda o substitua se ele não puder mais cantar. O músico disse à coluna “Wired” do Daily Star: “Se amanhã eu não me sentir capaz de cantar mais de quatro músicas por noite, gostaria que os caras continuassem e eu deveria poder escolher meu substituto. Ficaria de lado de vez em quando e o outro cantor faria o resto.
Bruce continuou fazendo um comparativo “Quando você olha para Keith Richards, que sofre de artrite, ele não está em sua melhor forma todas as noites, mas é apoiado por outros guitarristas. São os Rolling Stones. Acho que isso não incomoda ninguém. De qualquer forma, tudo o que eu disse não vai acontecer”. Bruce também descartou a ideia de um dia se apresentar como réplicas de hologramas no estilo ABBA. “Isso é o inferno na terra! Eu realmente não entendo isso”.
Quando Dickinson deixou o Iron Maiden em 1992, o posto foi para o vocalista do Wolfsbane, Blaze Bayley, uma escolha estranha, considerando que a voz de Blaze é claramente um barítono em contraste com o alcance de tenor/alto de Bruce. Bayley gravou dois álbuns de estúdio com o Iron Maiden – ‘The X Factor’ de 1995 e ‘Virtual XI’ de 1998 – antes de Dickinson retornar ao grupo. Os álbuns do Maiden com Blaze venderam consideravelmente menos do que os lançamentos anteriores da banda e foram seus títulos mais baixos no país de origem do grupo desde ‘Killers’ de 1981. Cinco anos atrás, Dickinson disse ao programa de rádio “Do You Know Jack?” que ficou surpreso quando o Iron Maiden escolheu Bayley como seu substituto.
“Eu realmente gosto de Blaze”, disse ele. “Gosto dele como ser humano, ele é um cara adorável. Lembro-me de ir aos escritórios da administração e havia um cara, ele não trabalha mais para a administração, mas ele estava me dizendo como tudo isso era ótimo. Eu disse: “Olha, ele tem esse grande trabalho. Claro, ele vai aceitar o trabalho. Ele recebeu a oferta. Claro, ele vai aceitar”. Eu disse: “Alguém já pensou em onde ele vai com as coisas antigas? Alguém já pensou em como ele vai lidar com isso? Não apenas cantando, mas como você vai lidar com a reação dos fãs?”. Porque eu estava surpreso que era Blaze. Fiquei encantado com Blaze, mas havia um monte de outros cantores realmente bons por aí. Eu pensei “Uau, eles poderiam ter escolhido alguém com uma voz que pudesse fazer o que a minha voz [fazia]”. Mas eles escolheram Blaze. Obviamente, escolheram alguém diferente, mas isso veio com seu próprio conjunto de desafios. Eu só queria saber se alguém na administração estava realmente imaginando de verdade sobre o quão difícil poderia ser”.
O Iron Maiden iniciou a etapa de 2022 de sua turnê mundial “Legacy Of The Beast” em 22 de maio na Arena Zagreb, com capacidade para 22.000 pessoas, em Zagreb, Croácia. Ele marcou a primeira aparição ao vivo da banda em 31 meses – não se apresentavam ao vivo desde a conclusão de sua turnê sul-americana em outubro de 2019. O Iron Maiden abriu o set com “Senjutsu”, a faixa-título de seu último álbum de estúdio, e seguiu com mais duas músicas do mesmo LP, “Stratego” e “The Writing On The Wall”. Outras faixas executadas durante a apresentação do Iron Maiden foram “Revelations”, “Blood Brothers”, “Sign Of The Cross”, “Flight Of Icarus”, “Fear Of The Dark”, “Hallowed Be Thy Name”, “The Number Of The Beast” e “Iron Maiden”. A donzela de ferro escolheu para o encore “The Trooper”, “The Clansman”, “Run To The Hills” e, a faixa de encerramento da noite, “Aces High”.
Em setembro, o Iron retorna ao Brasil para shows da Legacy Of The Beast Tour 22 em Curitiba, São Paulo, Ribeirão Preto, além de ser escalado como headliner na noite de abertura do festival Rock In Rio.
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