
Texto por Thiago Verpa – Fotos por Júlio Szoke – Edição por André Luiz
Um dos baixistas mais consagrados e requisitados do planeta, presente quase anualmente em solo brasileiro e, principalmente, na capital paulista, o norte-americano Billy Sheehan desembarcou na América do Sul para uma série de workshops e jams no mês de outubro. Como comentado acima, São Paulo não poderia ficar de fora e, novamente, Billy deu uma aula sobre como tocar e ter êxito no meio musical. Seja com uma de suas bandas (Mr.Big, Sons Of Apolo, The Winery Dogs) ou sozinho, músicos e fãs sempre fazem questão de comparecer e prestigiar o evento. Mais uma vez, isso não foi diferente e o Manifesto Bar, mesmo em um mês lotado de shows internacionais, recebeu o público fiel do músico para quase duas horas de bate-papo, perguntas, músicas e mais.

Contando com a já anunciada participação dos músicos Ricardo Confessori (bateria, Shaman) e Fares Junior (guitarra, Ronaldo e os Impedidos), além do vocalista Noogh (PAD, Soundtrackers) que também atuou como intérprete, Billy subiu ao palco do Manifesto às 19h58m para a felicidade geral do público presente. Carismático, não fez cerimônia e já iniciou a apresentação com um solo de baixo. Sheehan pediu desculpas pelo amplificador sendo utilizado, dizendo que tinha enfrentado alguns problemas, mas acredito que ninguém tenha se importado muito com isso. Todos pareciam simplesmente felizes em vê-lo tocar tão de perto.
Billy abriu o espaço para perguntas, as quais abordaram tanto o lado comercial da música quanto questões de técnica de baixo e equipamentos. Talvez um dos momentos mais “emocionantes” tenha sido quando um fã na plateia indagou se ele já havia deixado algum fã tocar o seu baixo. Prontamente, Billy respondeu “sobe aí”. O fã, emocionado, subiu ao palco e teve a chance de tocar um pouco o instrumento, recebendo um caloroso abraço após sua curta apresentação. Billy disse que não é fácil tocar o instrumento de outra pessoa e parabenizou o rapaz pela desenvoltura. Billy também contou histórias sobre a época em que tocou com o vocalista David Lee Roth (Van Halen), arrancou risadas com uma história sobre o seu primeiro ensaio com o guitarrista Steve Vai e banda solo, onde, após colocar algumas notas de baixo que não estavam na gravação original, Vai pediu educadamente que Billy tocasse a música exatamente como foi gravada. Com bom humor, também falou sobre a furadeira que usa nos shows do Mr.Big quando um fã perguntou se ele a havia trazido para São Paulo. “Eu não trouxe, tive que fazer alguns reparos em casa”, fazendo com que todos no local dessem risada.

Após diversas perguntas, piadas, explicações e experiências compartilhadas, Billy chamou ao palco Ricardo e Feres. Reunidos e com Billy assumindo os vocais, os três tocaram versões de “Breaking The Law” do Judas Priest, “Suffragette City” de David Bowie, “The Suspense Is Killing Me” (uma música instrumental da carreira solo de Billy), “Smoke On The Water” do Deep Purple, “Freeway Jam” de Jeff Beck, “Addicted To That Rush” do Mr.Big e “Wrathchild” do Iron Maiden, durante a qual o intérprete, Noogh, assumiu os vocais.
Um workshop repleto de momentos divertidos e grande qualidade musical, assim como tudo o que o grande Billy Sheehan faz. Agradecimentos à Live Co., TC7 Produções e Lanciare Comunicação.