Texto por André Luiz – Fotos por Thiago Nascimento – Edição por André Luiz
A sexta edição do Oxigênio Festival alcançou expressivos números. Principal evento de hardcore do país, a produção abriu leque para diversificação de estilos com bandas de diferentes vertentes dividindo os palcos “Off The Wall” e “Side Stripe” durante os três dias de festival: hardcore, punk, emo, metal, pop punk, rock alternativo, rock n’ rol, reggae, folk, indie e bandas que de tanta mistura torna-se impossível definir um gênero específico.
Mantendo a estrutura da edição anterior, no Via Matarazzo, o evento contou com 35 bandas no line up principal mais 03 de abertura, ofereceu diversas atividades relacionadas a games e skate, trouxe como novidade o Karaoke Band na qual o público subiu ao palco para cantar… Da mesma forma, através do ingresso solidário, foram arrecadadas mais de uma tonelada de alimentos, os quais foram doados para Associação Beneficente Recanto da Bênção.
O line up oficial contou na sexta-feira 13, com um pequeno atraso antes do início dos trabalhos pela Bayside Kings e prosseguiu com shows de bandas do quilate de Sugar Kane, Teco Martins ?Sala Espacial, O Inimigo, Codinome Winchester, Cefa, Emmercia, até o encerramento com dois grandes nomes do hardcore nacional, Dead Fish e CPM22.
O sábado reuniu uma grande mescla de estilos e também discursos políticos voltados ao combate da liberdade de expressão: a abertura com Nemodes e a clássica Zumbis do Espaço; o heavy vigoroso da Nervosa; o folk insinuante da Terra Celta e O Bardo e o Banjo; as rodas e mosh pits fervorosos durante apresentações energéticas do Pense, Gloria, Molho Negro e Ratos de Porão em trio – devido aos problemas de saúde do João Gordo; as agradáveis novidades The Mönic e Rivets; Rumbora e seus clássicos radiofônicos; até o encerramento com Big Up, Braza e Supercombo.
Os temas sexismo e homofobia foram bastante abordados na terceira noite: a abertura das bandas Sapataria e Violet Soda; a mescla dos veteranos do Cólera com nomes de destaque da cena alternativa Strike e Autoramas; além de ótimas performances proporcionadas por Esteban, Armada, Charlotte Matou um Cara, Wiseman, Dibob, Granada e Darvin. Ao fim da última música do set da banda Strike, ocorreu uma imprevisível queda de energia por volta das 19h45m em um dos palcos e subsequente queima dos equipamentos de som ao acionar o gerador reserva, ocasionando o final mais cedo do festival. Enquanto Francisco El Hombre realizou um acústico na pista junto aos fãs logo após o anúncio do cancelamento de sua apresentação, a banda Far From Alaska realizará um show no The House – São Paulo – neste domingo, 22/set, a todos que apresentarem ingressos do terceiro dia.
Ao longo de suas edições anteriores, o Oxigênio Festival foi palco para mais de 100 bandas, cujo público total beira 20 mil pessoas – na edição 2018, o público geral ultrapassou os 15 mil. A cada ano se solidificando no mercado musical nacional, o evento contabiliza engajamento online de um público de aproximadamente 2 milhões por edição. E desta forma com pluralidade musical, assistencialismo a entidades carentes, abertura de espaço democrático para liberdade de expressão e interatividade virtual junto ao público, o Oxigênio Festival se tornou um importante evento no calendário da cena paulista.
Confira álbum com imagens exclusivas dos três dias de festival (agradecimentos à Tedesco Comunicação, GIG Music e Hangar 110).