Richie Kotzen e The Dead Daisies – 13-07-2017 – São Paulo (Carioca Club)

Texto por Thiago Verpa – Fotos por Álvaro Ramos – Edição por André Luiz

Em comemoração ao Dia Mundial do Rock, São Paulo recebeu a sétima edição da Hard Legends Party, que contou com o supergrupo The Dead Daisies – em sua primeira vinda ao país – e Richie Kotzen, já conhecido do público brasileiro. O Carioca Club recebeu um ótimo público, em se tratando de uma noite de quinta-feira na capital paulistana. Com a abertura da casa por volta das 19h e com o primeiro show previsto para 21h, os DJs Edu Rox e Skullblondie prepararam o terreno com grandes clássicos do hard rock e sorteio de CDs, camisetas e uma guitarra.

“Adiantado”, o The Dead Daisies, formado por figuras lendárias como John Corabi (ex-Motley Crue, The Scream e ESP) nos vocais, Doug Aldrich (ex-Whitesnake, Revolution Saints) na guitarra, Marco Mendoza (ex-Whitesnake, ex-Blue Murder) no baixo, David Lowy (um empresário australiano e cofundador da banda) na guitarra e Brian Tichy (ex-Billy Idol) na bateria, entrou no palco exatamente às 20h59m, iniciando com a acelerada “Long Way To Go” de seu álbum mais recente, ‘Make Some Noise’.

Na sequência, “Mexico”, “Make Some Noise” e “Fortunate Son” (cover do Creedence Clearwater Revival) animaram o público, com John demonstrando toda a sua potência vocal (um dos grandes destaques da noite para mim). Tenho que mencionar também Marco Mendoza: ele não para um minuto, sempre se movimentando pelo palco e pedindo em “portunhol” para o público cantar e bater palmas. Nesse ambiente complementado pela batida forte de Brian Tichy e a guitarra base de David Lowy, Doug Aldrich brilhou em seus solos – um guitarrista de mão cheia que merece a fama que tem.

Após executarem “Last Time I Saw the Sun” e “Join Together” (do The Who), Corabi pediu para todos prestarem a atenção na letra da próxima música, “With You And I”, e comentou sobre os problemas atuais do mundo, como guerras e pobreza. Seguindo com “Mainline”, o show se aproximava do fim. Corabi agradeceu a todos os envolvidos pela vinda da banda ao Brasil, especialmente ao Kiss Army brasileiro que ajudou na divulgação e dedicou “Parasite” à eles. “Helter Skelter” (dos Beatles, com “Nobody’s Fault But Mine” do Led Zeppelin encaixada perfeitamente no meio) e “Midnight Moses” (The Sensational Alex Harvey Band) encerraram a primeira parte da celebração. Estava nítido nos aplausos e gritos que o público presente estava mais do que satisfeito.

Set List The Dead Daisies:
Long Way To Go
Mexico
Make Some Noise
Fortunate Son (Creedence Clearwater Revival cover)
Last Time I Saw the Sun
Join Together (The Who cover)
With You And I
Mainline
Helter Skelter (The Beatles cover)
Parasite (KISS cover)
Midnight Moses (The Sensational Alex Harvey Band cover)

Após uma troca de equipamentos e alguns ajustes, o guitarrista norte-americano Richie Kotzen entrou no palco às 22h45m. Acompanhado por Dylan Wilson no baixo e Mike Bennet na bateria, o guitarrista iniciou sua apresentação com “End Of Earth”, faixa de abertura do seu disco mais recente, ‘Salting Earth’.

Richie é um dos meus guitarristas favoritos e eu já perdi a conta de quantas vezes assisti ele ao vivo. Porém, ontem foi uma das apresentações mais diferentes dele que já vi. Em primeiro lugar, diria que Richie ficou apenas 50% do tempo com seus dois modelos de guitarra Fender. Nos outros 50%, alternou entre um piano elétrico colocado no canto do palco e um violão, o que deu uma cara totalmente nova à apresentação, trazendo um misto de blues, rock e soul.

Em segundo, tenho que mencionar sua capacidade vocal. Falar sobre sua técnica na guitarra é chover no molhado –ele é um dos guitarristas mais completos e versáteis que já passou pela terra. Mesmo com uma gripe forte, Richie não poupou as cordas vocais e deu um show à parte, atingindo notas altíssimas e me fazendo pensar: “Queria eu ter uma gripe dessas”.

A segunda música, “Socialite”, mostrou um Richie Kotzen inspirado, improvisando na guitarra e brincando um pouco também, já que ele decidiu sentar no palco durante alguns dos solos. Menciono também que nunca o vi tão feliz e sorridente, sinal da excelente fase pela qual ele passa, tanto em sua carreira solo quanto com o The Winery Dogs – acompanhado pelo baixista Billy Sheehan e pelo baterista Mike Portnoy.

“Socialite” também trouxe a primeira “transição” entre guitarra e teclado, além de um pequeno solo de baixo. Após músicas já conhecidas – como “Go Faster”, “Your Entertainer” e “Love Is Blind” – e faixas de seu disco mais recente – a citar “Meds” e “My Rock” –, Richie deixou de lado a guitarra e o teclado para assumir o violão e iniciar um pequeno set acústico com sua banda. Dylan acompanhou Richie com um contrabaixo vertical e Mike trouxe ao palco um “cajón” – pequeno instrumento de percussão. Juntos, executaram versões acústicas de “I Would” e “High”, a qual terminou com um solo de “cajón” e de bateria.

De volta ao set “elétrico”, Richie engatilhou a trinca “Fear”, “Help Me” e “This is Life”, encerrando o show com a poderosa “You Can’t Save Me”. Mais um show memorável feito pelo Sr. Kotzen e uma estreia triunfante do The Dead Daisies em São Paulo. Agradecimentos à Free Pass pela produção do evento e credenciamento de nossa equipe.

Set List Richie Kotzen:
End Of Earth
Socialite
Meds
Go Faster
Love Is Blind
Your Entertainer
My Rock
Cannon Ball
I Would
High

Cajón solo
Drum Solo
Fear
Help Me
This Is Life

You Can’t Save Me

 

 

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