Sting – 06-05-2017 – São Paulo (Allianz Parque)


Texto por Álvaro Ramos – Fotos por Ricardo Matsukawa (Mercury Concerts) – Edição por André Luiz

Depois de quase 8 anos sem se apresentar no Brasil, Sting anunciou no final do ano passado que viria a São Paulo em 2017 para um show único, e trazer a turnê de seu novo álbum, ‘57th & 9th’. O músico britânico, mais conhecido por ser a voz do The Police, banda que criou alguns dos maiores hits do pop rock nos anos 80, possui uma longa relação com o nosso país, desde que veio com sua antiga banda e se envolveu com causas ambientais e indígenas.

Sua volta foi marcada para acontecer no Allianz Parque, com a configuração anteriormente chamada de “Anfiteatro Allianz Parque”, na qual se utiliza um pouco mais que a metade do estádio, e no local onde seria a pista, são colocadas cadeiras. Tal configuração cria um clima mais intimista, mesmo sendo um show de grande porte, o que dá aos fãs uma sensação maior de proximidade com a banda. Além disso, a qualidade do som fica muito mais alta, durante todo o show era possível ouvir claramente cada palavra de Sting durante as conversas com o público, e quando as músicas estavam sendo tocadas, a nitidez era absurdamente boa para um show de tal porte.

O responsável pela abertura foi Joe Sumner – filho de Sting – e por volta das 20h15m, o mesmo entrou no palco apenas com sua guitarra, e apesar de não ser conhecido por grande parte da plateia, foi aplaudido ao término da primeira música, “Looking For You, Looking For Me”.  Com muita simpatia e arriscando algumas palavras em português, continuou com “Two Sisters”, e no final de “Jelly Bean”, dedicada às suas crianças, acabou passando mal, criando uma cena mais do que inusitada. Sting apareceu no palco para finalizar a canção, já que Joe foi para a lateral do palco e parecia não estar em condições de acabar a abertura. Apesar da preocupação do público ao ver que Joe não estava bem, houve uma grande euforia por essa surpresa, e Sting deixou o palco sob aplausos após sua rápida aparição. A banda texana The Last Bandoleros, que também apoia Sting em seu show, deu sequência à abertura, mostrando seu Country Rock Texano que agradou a maioria do público.

Por volta das 21h15m a grande atração da noite havia chegado: Sting e banda iniciaram o show com “Synchronicity” do The Police, faixa usada para abrir as apresentações da atual turnê. Ao término da mesma, Sting agradeceu em português ao público – o qual foi a loucura – e o show já seguiu com outro clássico do The Police: “Spirits In The Material World” foi cantada por Sting e um Allianz Parque repleto de fãs de várias gerações. “English Man In New York”, uma das músicas mais conhecidas de seus trabalhos solo, veio logo depois, mantendo a mesma animação nos fãs que o acompanharam mais uma vez, cantando do início ao fim. Depois de 3 clássicos, “Can’t Stop Thinking About You” foi a primeira música nova da noite, faixa de seu mais recente álbum, ‘57th & 9th’, a qual apesar de não ter sido cantada por todos os presentes, empolgou da mesma forma.

Ao término, Sting agradeceu em português: “Muito obrigado, estou muito feliz de estar aqui com vocês! Essa música é “One Fine Day””, já anunciando que o show seguiria com outra música de seu novo trabalho. E foi nessa linha que o show seguiu dali pra frente: canções novas mescladas com suas solo de maior sucesso, como “Fields Of Gold”, que contou com um impecável solo de acordeom e foi um dos momentos mais emocionantes do show. Mas foi a partir de “Shape Of My Heart” que o show chegou aos momentos que os fãs mais esperavam. “Message In A Bottle”, uma das músicas mais amadas pelos fãs de The Police, veio logo depois para emocionar os milhares que lá se encontravam. Sting anunciou novamente o nome de seu filho, Joe Sumner, o qual cantou “Ashes To Ashes” de David Bowie, e Sting emendou a música nova “50,000”, feita em homenagem aos músicos que morreram recentemente, como o próprio Bowie e Prince. Com a frase “Rockstars don’t ever die, they only fade away”, Sting homenagiou músicos de sua geração que já partiram, e também questionou quanto tempo ainda tem de vida – além de uma homenagem emocionante, é uma música ótima e foi muito aplaudida pelos fãs.

“Walking On The Moon”, “Feel So Lonely” e “Desert Rose” vieram na sequência, e com “Roxanne/Ain’t No Sunshine”, a primeira parte do show chegou ao fim, depois de quase uma hora e meia. Agradecendo aos fãs, Sting deixou o palco, e retornou em menos de 2 minutos com “Next To You” e “Every Breath You Take”, sendo esta última o ponto mais alto do show – por mais “cliché” que seja, é inegável que esta se trata da canção mais conhecida do The Police, além de um hino dos anos 80.

Mais uma vez, Sting deixou o palco, mas os fãs continuavam gritando seu nome sem parar. Atendendo aos pedidos, ele e a banda voltaram novamente, e Sting dedicou a música seguinte, “Fragile”, ao seu amigo Cacique Raoni. Com a letra que faz uma reflexão sobre o quão frágeis somos perante a grandiosidade do mundo, Sting finalizou de vez o show após mais de uma hora e cinquenta minutos de hits e novas canções cantadas por um Sting que apesar de seus 65 anos, ainda está no auge, tanto como vocalista, como baixista, e mostrou o motivo de ainda ser um dos nomes mais importantes de sua geração. Agradecimentos à Mercury Concerts e Catto Comunicação pela produção do evento e credenciamento de nossa equipe.

Set List Sting:
Synchronicity
Spirits In The Material World
English Man In New York
Can’t Stop Thinking About You
One Fine Day
She’s Too Good For Me
I Hung My Head
Fields Of Gold
Petrol Head
Down Down Down
Shape Of My Heart
Message In A Bottle
Ashes To Ashes (David Bowie cover)
50,000
Walking On The Moon
I Feel So Lonely
Desert Rose
Roxanne/Ain’t No Sunshine

Next To You
Every Breath You Take

Fragile

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