Texto por Maria Clara – Fotos por Stephan Solon (Move Concerts/Midiorama) – Edição por André Luiz
Durante o período do Rock In Rio, não foram apenas os fãs na Cidade do Rock que vibraram com shows de suas bandas favoritas. Para felicidade daqueles que não puderam ir ao Rio, seja pela distância, ou pelos ingressos esgotados rapidamente, outras cidades tiveram shows das bandas do RIR 2015. Em São Paulo, tivemos um final de semana bem agitado, com System Of A Down, Nightwish e, no domingo (27), os mascarados do Slipknot encheram a Arena Anhembi para um show que seria memorável e trouxeram consigo os também americanos do Mastodon, algo que ocorre com frequência nesses tempos de Rock In Rio (vide Iron Maiden com o Ghost em outra edição, e até mesmo o System Of A Down com o Deftones, alguns dias antes).
Ainda durante a tarde, o Mastodon entrou no palco para fazer o que seria um curto show. Infelizmente, devido a forte chuva que caiu em São Paulo no fim da tarde, a banda saiu do palco após executar sete músicas, as sete primeiras que foram tocadas pela banda no Rock In Rio. Logo na sequência de “Aqua Dementia”, a banda deixou o palco e pouco tempo depois a equipe técnica entrou afastando os equipamentos. Podia-se ver muitos fãs com a camisa da banda que ficaram bem chateados, por terem ido ao show principalmente pelo Mastodon, porém, a contar pela ótima performance no Rock In Rio e se a banda seguir os passos do Ghost, é bem provável que voltem ao país em breve.
Felizmente a chuva passou em São Paulo, permitindo que todos deixassem de lado suas capas de chuva e permitindo, também, que o Slipknot entrasse ao palco pontualmente as 20h30, com uma belíssima produção.
Na frente do palco, via-se duas plataformas elevadas com os instrumentos de percussão em ambos. A percussão eletrônica também possuía pequenos palcos que foram levantados durante o show, além da bateria também elevada. Durante um fundo musical, a estrutura majestosa montada no fundo do palco, acendia luzes e soltava fogo, fazendo um belo show pirotécnico.
Com muitos gritos, os integrantes se posicionaram iniciando o show com “Sarcastrophe”, seguida por “The Heretic Anthem” e o sucesso “Psychosocial”. Ao fim da última, uma pausa para o primeiro contato com o público. O vocalista Corey Taylor portando uma bandeira do Brasil arremessada por um fã disse que o barulho do Rock In Rio não se comparava com o de São Paulo, afinal a cidade seria uma de suas favoritas e seus fãs estão no top 3 de mais barulhentos da banda. O show seguiu com “The Devil In I”, “AOV” e “Vermilion”. Durante as músicas, Corey sempre se referiu a plateia como “my friends” (meus amigos).
Durante a execução de “Wait And Bleed”, os fãs enlouquecidos interagiam com a banda a todo instante, o que fez com que Taylor falasse que não havia nada melhor que ouvir o barulho dos fãs e pediram também uma homenagem aos companheiros do Mastodon, que tiveram uma apresentação curta por conta da chuva, porém mereciam muito barulho. Corey disse que a banda e os fãs formavam uma grande família e que nada poderia machucá-los ou separá-los.
A banda tocou “Killpop” seguida pela conhecida “Before I Forget”, que fez jus a felicidade de Corey durante o show, pois o público ficou bem animado. Durante “Sulfur”, o Clown, um dos percussionistas, utilizou um taco de baseball para tocar seu instrumento, o que fez com que todos gritassem ainda mais.
Taylor perguntou se o público gostaria de ganhar o título de o mais barulhento, recebendo uma resposta positiva em retorno. Disse que “tinha a música perfeita” para dar isso a eles, a música foi “Duality”, seguida de “Disasterpiece”, e “Spit It Out”, durante a qual o vocalista fez uma pausa no meio da música, para perguntar aos fãs quem já havia visto o Slipknot e quem estava ali pela primeira vez, pois esse era um momento conhecido pelos fãs. Todos se ajoelharam ao chão e quando o vocalista disse “jump the fuck out”, os fãs pularam bastante. A música seguinte foi “Custer”, a deixa para banda sair do palco, retornando para o encore com muitos gritos do público.
O Slipknot encerrou o show com “(sic)”, “People = Shit” e finalmente encerraram o show com “Surfacing”. Corey agradeceu o público pelo show, que está em um dos melhores da carreira da banda, que, além de Corey Taylor no vocal principal, conta com o DJ Sid Wilson, este que roubou atenção no show com sua conhecida dança pelo palco, Chris Fehn e Clown como percussionistas e vocais de apoio, James Root e Mick Thomson nas guitarras, Alessandro Venturella no baixo e Jay Weinberg na bateria.
Agradecimentos a Midiorama pelo credenciamento e gostaria de acrescentar aqui um agradecimento pessoal ao grande editor chefe do site, André Luiz, pela oportunidade e confiança. E um grande parabéns a toda equipe MR após esse mês, digamos, tumultuado devido a tantas coberturas em sequência.
Vocês não teriam nenhuma foto do Corey com a bandeira ? Eu e a minha amiga que jogamos a bandeira pra ele.
Ariana, tudo bem? Infelizmente não, as imagens foram fornecidas pela produtora oficial do show e não contemplaram este momento (infelizmente).
Abraço e obrigado por acompanhar-nos!