Rock In Rio – 19-09-2015 – Rio de Janeiro (Cidade do Rock)

Metallica - Rock In Rio - set-2015 - por Daniel Dias ApproachTexto por Rodrigo Gonçalves – Fotos por Daniel Dias (Approach) – Edição por André Luiz

Após a grande apresentação do Queen na noite anterior, o primeiro dia inteiramente dedicado ao rock do Rock in Rio foi recebido com grande expectativa por todos.

E as expectativas foram correspondidas com grandes apresentações e uma infinidade de momentos memoráveis. Logo na abertura do festival a banda brasileira Noturnall fazia uma apresentação morna, quando surgiu um dos momentos mais esperados do dia. O vocalista Thiago Bianchi chamou ao palco o lendário vocalista Michael Kiske, eterna voz do Helloween, para participar do show e o alemão logo de cara roubou a cena. Motivo pelo qual muitas pessoas escolheram esse dia, Kiske cantou as músicas “Exceptional” e o clássico do Helloween “I Want Out”, para delírio do público.

Em seguida foi a vez do Angra subir ao palco e desfazer as más impressões deixadas quatro anos antes. Foi um grande show do grupo brasileiro, em que foi anunciado o substituto do guitarrista Kiko Loureiro quando este estiver tocando com o Megadeth. Trata-se do músico Marcelo do Almah. Além do show do Angra, dois outros grandes momentos foram as participações da vocalista Doro Pesch e do carismático Dee Snider, do Twisted Sister. O americano roubou a cena e comandou a festa agitando o público com os clássicos “I Wanna Rock” e “We’re Not Gonna Take It”.

Continuando com a programação do palco Sunset, o Ministry entrou em cena e fez a alegria dos fãs de metal industrial, em uma boa apresentação que contou ainda com a participação Burton C. Bell, vocalista do Fear Factory, banda que fará shows no país no próximo mês. Já os franceses do Gojira, abriram o palco mundo e não fizeram feio, empolgaram a plateia e deixaram boa impressão.

Gojira - Rock In Rio - set-2015 - por Daniel Dias Approach

Fechando a programação do palco Sunset, o Korn fez um grande show e demonstrou que a esta altura do campeonato, preconceito contra o chamado Nu Metal é uma besteira sem tamanho. Muitos acharam que eles mereciam o palco Mundo e eu não discordo, mas ter tocado num palco menor, mais próximo do público, pode ter sido um grande aliado para o Korn. O clima mais intimista e a plateia menos dispersa ajudaram bastante na interação entre o público e a banda americana.

De volta ao palco Mundo tivemos a dupla britânica Royal Blood. Embora eu ache que o horário nobre no palco mundo possa ter sido um exagero para a dupla que pratica um drum n bass competente, o público aparenta ter compreendido a proposta da banda e recebeu o show de maneira positiva.

Após o show do Royal Blood, era chegado um dos momentos mais esperados do dia. O Mötley Crüe, estreante em palcos cariocas e em turnê de despedida, levantou o público com clássicos como “Girls, Girls, Girls”, “Kickstart My Heart” e “Dr. Feelgood”. Apesar do vocalista Vince Neil demonstrar dificuldades durante toda a apresentação, seu carisma e presença de palco e também de seus companheiros compensaram problemas técnicos (a voz do cantor sumiu em diversos momentos no mix), e o grupo californiano fez uma grande apresentação. A saída para o palco e o final apoteótico com “Home Sweet Home” (recebida com indiferença pela plateia) encerraram a primeira e única apresentação do grupo na cidade maravilhosa em grande estilo.

Fechando a noite tivemos o Metallica, figurinha carimbada das últimas três edições brasileiras do festival, sem contar as europeias e a americana, realizada pela primeira vez esse ano. Os thrashers americanos entraram em cena demonstrando grande disposição, levantando o público com a excelente “Fuel”, ótima para abertura de shows. A apresentação também contou com um elemento diferente, com diversos fãs assistindo ao show do palco, em um espaço reservado atrás da bateria de Lars Ulrich. Mas o que começou em grande estilo logo ganhou contornos de pesadelo quando a guitarra de Kirk Hammett falhou durante o solo em “Ride The Lightning”. O olhar de desespero do guitarrista diante do fato diz tudo. O microfone de James Hetfield também ‘morreu’ durante a execução da música. O show ficou parado por cerca de 5 minutos enquanto os técnicos tentavam solucionar o problema e os fãs se perguntavam se a banda retornaria ao palco. Voltou, mas a dinâmica da apresentação mudou completamente e os ânimos esfriaram. Apesar do descontentamento estar estampado nos rostos dos músicos, a banda demonstrou extremo profissionalismo e encerrou a segunda noite do festival.

Para um evento do porte do Rock In Rio, com cast (gostem ou não) respeitável, estrutura gigantesca e milhões de investimento, problemas básicos como no aparato sonoro não podem ser tolerados. Da mesma forma, o clima do público demonstra que diferente da festa d anoite anterior, os presentes estavam lá para ver as bandas de coração.

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