Sepultura – 20-06-2015 – São Paulo (Audio Club)

Sepultura - AudioClub - 20.06.2015 - SP - Ph Rodrigo Bernardo (39)

Texto por Juliana Novo – Fotos por Rodrigo Bernardo – Edição por André Luiz

Sepultura, indiscutivelmente a banda brasileira mais expressiva de todos os tempos no metal, e a primeira a levar o nome do nosso Brasil desbravando mundo afora com sua mistura única de Death e Thrash Metal, sendo respeitada por todos lugares onde passa. A banda comemorou seus 30 anos em grande estilo, na Audio SP em São Paulo, gravando DVD com um show memorável. Andreas Kisser, Paulo Júnior, Derrick Green e Eloy Casagrande proporcionaram grande espetáculo para um público imenso e sedento pelo mosh pit.

Às 21hs a casa começou a receber o mar de headbangers de várias gerações, os quais se aglomeravam em uma fila enorme passando o quarteirão. Devo destacar que nem a imprensa escapou de pegar fila desta vez (a citar, a falta de informação com pessoas perdidas na entrada e nomes faltando na lista), mas felizmente todos puderam entrar a tempo, já que o início da apresentação ocorreu às 23h12m.

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Mal os músicos adentraram no palco, o público enlouqueceu ouvindo os acordes de “The Vatican”, do mais recente álbum ‘The Mediator Between Head And Hands Must Be The Heart’, lançado em 2013. Em seguida a pedrada forte “Kairos”, faixa título do álbum lançado em 2011, momento em que a meu ver, a banda consolidou sua nova identidade sonora com a formação atual. Logo após, foram sendo executados vários clássicos da época de ouro do Sepultura, como “Propaganda”, “Inner Self”, “Breed Apart” e “Dead Embryonic Cells”. Alternaram com as pedradas “Choke” do ‘Against’, e “Convicted In Life”, do álbum ‘Dante XXI’. Muitas pessoas subiam ao palco, alguns ficando tempo demais, inclusive um fã quase derrubou Andreas, que logo após avisou o público pedindo que maneirassem, pra que todos pudessem se divertir sem prejudicar o show, nem derrubar ou danificar o equipamento usado para gravar o novo DVD da banda.

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Foi uma grande celebração, com tamanho entusiasmo dos fãs, que fizeram várias rodas violentas, e um pequeno menino de aproximadamente 10 anos roubou a atenção no palco por alguns momentos, pulando na passarela para agitar com Derrick Green e Andreas Kisser, que esbanjava carisma, realmente feliz com o astral da galera. Seguiram com “Attitude” do ‘Roots’, a porrada das antigas “Troops Of Doom”, a indispensável “Sepulnation”, os clássicos “From The Past Comes The Storm” e “Territory”, e os grandes covers do Titãs “Polícia”, e do Motorhead “Orgasmatron”. Derrick Green tem feito um trabalho interessante ajudando Eloy Casagrande nas batucadas em algumas músicas. Só faltou incluírem a popular “Kaiowas” no setlist.

A direta “Biotech Is Godzilla” seguiu agitando o pessoal, e após a paulada “Manipulation Of Tragedy” do álbum mais recente, seguiram dois dos maiores clássicos da banda na era Cavalera: “Arise”, e “Refuse/Resist”.  Como era esperado, a comemoração dos 30 anos trouxe clássicos das mais diversas fases da banda, mas também músicas nunca tocadas antes ao vivo, em uma agradável surpresa: a intro “The Curse” e “Bestial Devastation”, na qual Andreas Kisser anuncia como uma homenagem ao Paulo Destructor, único integrante da banda desde o início. Naquele momento, foi inevitável pensar que é uma pena não ter havido um convite aos demais membros originais do Sepultura para uma jam em nome dos 30 anos da banda, teria sido mais que especial para os fãs.

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Na sequência, rolaram as nervosas “Apes Of God”, do ‘Razorback’ e “Cut-Throat” do ‘Roots’, a furiosa “Manifest”, uma das melhores do ‘Chaos A.D.’, e a mais nova música “Sepultura Under My Skin”, homenageando os fãs que possuem alguma tatuagem relacionada à banda. Fecharam com “Ratamahatta” na qual todo público agitou, e “Roots Bloody Roots”, para fechar com chave de ouro o momento histórico. Andreas Kisser estava tão feliz que acabou se jogando na galera após o término do show por volta da 1h12m, sendo quase esmagado pela massa de pessoas em sua volta, e ainda fazendo festa lá embaixo com os fãs, retornando ao palco em seguida. Em mais um de seus momentos de bom humor, Paulo Júnior ameaçou atirá-lo de volta.

Por fim, a banda demonstrou que está mais firme e coesa do que nunca, depois de todas batalhas pelas quais passou, reafirmando sua identidade, e acima de tudo mantendo o respeito dos fãs. E que venha o próximo álbum! Agradecimentos à Adriana Baldin (assessoria de imprensa do Sepultura) e Agencia Cartaz pela produção do evento e credenciamento de nossa equipe.

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