Texto por Clovis Roman – Fotos por Clovis Roman – Edição por André Luiz
O Grave Digger, um dos grandes nomes do Heavy Metal mundial, é uma das bandas que mais se apresentou em Curitiba desde o início dos tempos. Essa apresentação, realizada no Music Hall, foi a 5ª dos alemães na cidade. O local é o mesmo que os recebeu por aqui pela primeira vez, em 2003; porém, na época, o recinto tinha a alcunha de Via Rebouças. O show integrava a turnê do ‘Rheingold’, e foi uma noite memorável. Assim como as quatro visitas posteriores do quinteto. Numa sexta-feira agradável, lá por 22h, o grupo iniciou mais um extenso e poderoso setlist.
Antes, entretanto, houve a abertura do Devil Sin, que aproveitou a oportunidade para gravar um clipe ao vivo, em parceria com o Nossa Banda e a Damar Productions. No seu setlist, eles mandaram sons como a grudenta “Hell To Pay” (essa é para cantar junto o refrão) e a pérola “White Line Madness”, sempre o ponto alto de suas apresentações. Completaram o set as músicas “Time And Again”, “Natural Born Killer”, “New World Order” e “Dogs Of War”. Para quem chegou atrasado, já anota aí: O Devil Sin tocará ao lado do Angra dia 26 de junho, no Vanilla Music Hall.
O Grave Digger subiu ao palco pouco após às 22h, com a clichezíssima intro “Return Of The Reaper “, que obviamente, precedeu “Hell Funeral”, música de trabalho de seu último álbum. O show como um todo foi bem homogêneo em energia, com excessão de “Tattooed Rider”, uma música sem muita força, que soou deslocada no setlist (a semelhança da parte inicial com “Turbo Lover”, do Judas Priest, é inegável). Mas isto não é pelo fato dela ser do último disco, Return Of The Reaper. Afinal, dele veio um dos pontos altos da apresentação: a cadenciada “Season Of The Witch”. Se em estúdio ela já é um arregaço, ao vivo ficou grandiosa, é candidata a figurar entre os grandes clássicos do grupo alemão. E por falar em clássicos, eles foram vários, mesmo que algumas de suas composições mais gloriosas tenham ficado de fora, como “Scotland United”, “Valhalla” e, imperdoavelmente, “Twlight Of The Gods”. Outras que seriam muito bem vindas poderiam ser a acessível “The Grave Dancer” ou a pré-histórica “Fight For Freedom”.
Em compensação, a galera pôde conferir, e cantar a plenos pulmões, hinos como “Morgane Le Fay”, “The Dark Of The Sun” e “Excalibur”. Em “Knights Of The Cross” pudemos ouvir o maior coro da galera – depois de “Rebellion”, claro – principalmente na parte onde se canta “Murder Murder”. A empolgação foi similar a registrada pelo público paulista no álbum ao vivo ’25 to Live’, que eles gravaram no Brasil em 2005. O álbum em questão saiu em CD duplo e DVD, e mostra a banda tocando nada menos que 26 músicas, gravadas exatos 10 anos e um dia (portanto, o referido concerto em São Paulo foi em 7 de maio de 2005) antes desse show em Curitiba.
Em 2015, a banda celebra seu 35 to Live, mantendo a alta qualidade em álbuns que se não chegam perto dos clássicos, são de qualidade indiscutível e acima da média das outras bandas do estilo. Sim, a 5ª passagem dos alemães por aqui foi, novamente, um sucesso.
Set List Grave Digger:
Hell Funeral
The Round Table (Forever)
Witch Hunter
The Dark Of The Sun
Ballad Of A Hangman
Season Of The Witch
Lionheart
The Last Supper
War God
Hammer Of The Scots
Tattooed Rider
The Curse Of Jacques
Excalibur
Knights Of The Cross
Rebellion (The Clans Are Marching)
Highland Farewell
Morgane Le Fay
Heavy Metal Breakdown