Texto por Clovis Roman e Kenia Cordeiro – Fotos por Clovis Roman – Edição por André Luiz
Em sua maior turnê pelo Brasil, e pelo terceiro ano consecutivo no país, o Sonata Arctica incluiu novamente Curitiba em sua rota. Antes, eles haviam passado pela cidade em 2008 e 2002.
Os finlandeses chegaram na casa de shows por volta das 17h, e fizeram a passagem de som de maneira rápida, repassando alguns riffs e tocando na íntegra “The Wolves Die Young”, música que abriu o show mais tarde. Enquanto eram feitos os ajustes finais, a banda voltou ao hotel para se preparar, com exceção do baixista Pasi Kauppinen, o novato, que resolveu ficar na casa perambulando.
Logo após a abertura da casa, começou a apresentação do Symmetrya. Eles mandaram de cara as quatro músicas iniciais de seu último álbum, Last Dawn: “Something In The Mist”, “In The Blink Of an Eye”, “Darkest Love” e “To Live Again”. O som da banda parece ter agradado a plateia, que aplaudiu respeitosamente e atendeu as interações do vocalista Jurandir. Para encerrar, tocaram uma cover de “Wasted Years” (de você sabe quem…) e por fim, “Learn To Live”, única representante do debut Eternal Search, de 2007.
Como de praxe entre as bandas gringas, a abertura do show do Sonata Arctica se deu com uma faixa (a já citada “The Wolves Die Young”) do mais recente álbum, o ótimo Pariah’s Child, emendada com “8th Commandment”, do Ecliptica (álbum de estréia dos finlandeses, que foi regravado e lançado também no ano passado). Desta forma, dos dois álbuns citados vieram mais da metade das 17 canções executadas. Na primeira parte do show, ainda houve espaço para “Paid In Full”, do Unia (2007), e “Black Sheep”, do Silence (2001). Já para o encerramento, tivemos a dobradinha “UnOpened” (uma grata surpresa) e “Fullmoon” (a melhor de todo o show).
A bela balada “Letter To Dana” foi cantada por Tony Kakko sentado numa plataforma do palco, em uma interpretação dramática que combinou com o clima sorumbático da canção. Outro fator que contribuiu para o momento foi a galera, que cantou todos os versos a plenos pulmões. Aliás, a empolgação do público foi uma constante durante todo set, o que contribuiu para criar um clima muito agradável. Os caras são conhecidos pelo bom humor, e uma das coisas que comprovam isso foi na volta para o encore, quando o vocalista Tony Kakko resolveu dar uma palhinha com o baixo, antes de tocarem “My Land” e outra balada, “Replica”. O final definitivo veio com “Don’t Say A Word”, emendada com a uma rápida canção de ode a vodka.
O setlist foi bem escolhido, pois os caras tocaram músicas novas e muitas canções do álbum de estréia, o que agradou tanto os fãs da fase inicial da banda, quanto os que apreciam sua atual sonoridade – apesar do novo álbum ter uma pegada que remete, eventualmente, aos velhos tempos. Mas fica impossível não sentir falta de algumas coisas, como “Broken” ou “Love”. Essa última foi tocada em alguns shows recentes, e apesar de ter sido uma falta considerável, o público de Curitiba teve o privilégio de conferir “Tallulah” em seu lugar.
Noite de autógrafos
Uma noite antes, na quarta-feira (04/março), os caras do Sonata Arctica estiveram no Blood Rock Bar, um dos mais conceituados bares de Rock da cidade, para uma concorrida noite de autógrafos. Muita gente apareceu por lá, e todos foram muito bem atendidos pelos simpáticos músicos. Mais tarde, o evento recebeu ainda outros convidados: alguns integrantes do Dragonforce e membros do crew do Epica (entre os quais está incluso Arjan Rijnen, guitarrista do ReVamp), os quais haviam acabado de tocar na cidade. A noite se estendeu bastante, afinal, essa galera toda curte muito tomar umas bebidas…
SETLIST
The Wolves Die Young
8th Commandment
Paid in Full
What Did You Do in the War, Dad?
Losing My Insanity
Black Sheep
Letter to Dana
Blood
I Have a Right
X Marks the Spot
Tallulah
San Sebastian
UnOpened
FullMoon
My Land
Replica
Don’t Say a Word