Texto e fotos por André Luiz – Edição por André Luiz
O Blackmore Bar foi palco do Midgard Festival, evento dedicado a música viking/folk/medieval. Sob o ritmo do final do horário de verão (culminando em uma noite com uma hora a mais) e do hidromel a disposição no bar da casa, a presença de público foi muito boa, com pouco mais de 200 pessoas. A line up do festival contou com a Opus Tenebrae direto de Santos, a banda de pagan metal paulistana Sigfadhir, além dos grupos tributo Ensiferum Tribute Brasil e Thunder God (Amon Amarth).
Em meio a chegada do público, a Ensiferum Tribute Brasil iniciou seu show cerca de meia hora após o previsto devido atraso do tecladista (conforme informações da produção). O público estava um tanto tímido de início, melhorou a partir de “One More Magic Potion” e assim prosseguiu com “Iron” e a presença de palco de Felipe Franco em rápida interação com os presentes. Em “Into Battle”, Henrique Paiva (que estava na pista do Blackmore) foi convidado a assumir os vocais. Desta forma, Pietro Bernal (vocal/guitarra), Felipe Franco (guitarra, backing vocal), Gabriel Belgiolli (baixo), Fabricio De Luca (teclado, backing vocal) e Fernando Henrique (bateria) seguiram para o encerramento do show com “One Man Arm”.
Após curto intervalo de tempo, a banda paulistana Sigfadhir deu sequência as apresentações da noite. André Frekihugr (vocal, gaita de fole, flauta), Felipe Malavazzi (baixo), Fenris Fenrir (guitarra), Nickolas Vicentini (guitarra) e Dubh Vandræðaskáld (bateria) iniciaram sua performance às 23h40m (após o fim do horário de verão), executando seu Pagan Metal autoral. Em meio a gaita de fole e flauta de André Frekihugr, a banda demonstrou seu repertorio próprio para um bom público presente. Antes da terceira música, estourou a corda de uma das guitarras, desta forma após um som improvisado regado a flauta, seguiu o cover “Nehalennia” do Heidevolk para vibração do público. Sons próprios como “Blood Of Glory” da demo Galdra Smidr (2011) foram executados, com destaque para faixa inédita “Aurora de Pedra”. Ainda houve tempo para “Nordland” (Bathory) antes do encerramento da apresentação.
Oriunda de Santos e com uma boa base de fãs (a citar o ônibus vindo do litoral paulista o qual acompanhou a banda), a Opus Tenebae trouxe seu repertório de Celtic Black Metal ao palco do Blackmore Bar. Roberto Opus (vocal, tambor celta), Rudolph Lomax (guitarra), Christian Bacci (baixo), Decio Andolini (guitarra, backing vocal), Gabriel Macieski (violoncelo, backing vocal) e Alex Tubara (bateria, backing vocal) desde o início fizeram valer o posto de atração principal da noite com uma performance direta e sem firulas, a citar o discurso de Roberto Opus dizendo ser de ‘uma família celta’ antes de anunciar com seus tambores “Pugnae Aeternum” e “In My Blood”. Já em “Celtic Mistery”, surge no palco uma personagem feminina com asas (fazendo alusão a mitologia celta) e entrega uma espada ao vocal da banda, a qual fora colocada em um suporte junto ao microfone e lá permaneceu por toda performance do grupo de Santos. A apresentação ainda contou com “Under The Sign Of Cain” e a faixa derradeira “Thereomorphic Encarnations”.
Finalizando a noite, a Thunder God, Amon Amarth Tribute de São Paulo (SP), iniciou seu set a todo vapor com “Twilight of the Gods”, mas com o horário avançando madrugada a dentro, o público já estava cansado e consequentemente, a participação foi um tanto quanto menos energética. Podemos destacar vários momentos como ‘Father Of The Wolf’ e ‘Cry Of The Black Birds’, mas o petardo “The Pursuit of Vikings” é sem duvida o grande clássico do Amon Amarth e foi a responsável por levantar os presentes. Rubstein Wilker (vocal), Thiago Freitas (baixo, backing vocal), Guilherme DiCaprinus (guitarra), Luis “Preto” (guitarra) e Gustavo Abreu (bateria) encerraram sua apresentação com “War Of The Gods”.
O saldo da noite foi positivo com atrações muito boas no palco, estrutura da casa de qualidade e presença de público satisfatória. Agradecimentos à Bruno Ruff e Alexandre ‘Twiggy’ pela produção do evento, Blackmore Bar e Raysla Garcia pelo suporte.
One thought on “Midgard Festival – 21-02-2015 – São Paulo (Blackmore Bar)”