Texto por Rodrigo Gonçalves – Fotos por Allan Barata – Edição por André Luiz
Um dos grandes nomes do black metal na atualidade, o Behemoth se apresentou pela primeira vez no Rio de Janeiro. A banda liderada pelo polêmico Adam “Nergal” Barski veio ao país para divulgar o disco “The Satanist”, lançado em fevereiro e que tem sido bastante elogiado pela imprensa especializada.
Abrindo a noite tivemos a banda Tellus Terror, que fez um bom trabalho e conseguiu cativar a atenção do público. O grupo que já havia tocado antes do Behemoth em São Paulo, repetiu a dose e cumpriu bem o seu papel.
Em seguida tivemos a apresentação da banda carioca Gangrena Gasosa, que com o seu curioso e tradicional “Saravá Metal” levantou o público e preparou o ânimo dos presentes para a atração principal. A banda executou várias favoritas dos fãs como “Exu Noise Terror”, “Supervia”, “Headbanger” “Se Deus é 10 Satanás é 666”, a minha favorita “Eu não Entendi Matrix”, antes de encerrarem o show com o clássico “Centro Do Pica-Pau Amarelo”.
Mais uma apresentação espetacular do Gangrena Gasosa, promovendo um contraponto a última vez que vi um show deles no Circo em junho de 2013. A banda estava abrindo para o Cannibal Corpse enquanto o centro do Rio de Janeiro havia se tornado uma praça de guerra por conta das manifestações e o show teve que ser encerrado na metade. Felizmente, dessa vez, tudo correu bem e a banda pode tocar o seu set completo.
Logo após o fim do show do Gangrena Gasosa, os roadies surgiram no palco e começaram a preparar tudo para o grande show da noite.
Faltando pouco mais de 15 minutos para às 22h, as luzes se apagaram e teve inicio um dos shows mais esperados do ano. Com a banda já posicionada no palco coube a Nergal fazer uma entrada dramática segurando duas tochas e dar inicio ao massacre sonoro com “Blow Your Trumpets Gabriel” e “Ora Pro Nobis Lucifer”.
Seguiram o massacre sonoro com temais mais antigos como “Conquer All”, “Decade of Therion” e “As Above So Below”. Nergal rasgou uma bíblia antes da música “Christians To The Lions”.
Caminhando para o final do show, a banda ainda tocou “The Satanist”, faixa título do novo álbum e o excelente cover de “Ludzie Wschodu” da banda Siekira, além de favoritas do público como “Alas, Lord Is Upon Me” e “At The Left Hand of God”.
Como se tivessem ciência da insanidade do show, resolveram dar um refresco aos fãs e encerraram a apresentação com a apoteótica “O Father O Satan O Sun!”.
Foram cerca de 80 minutos de uma apresentação que pareceu curta, porém foi intensa. Uma verdadeira aula de black metal. Um show energético e absurdamente bem construído, feito para ser apreciado nos mínimos detalhes.