Texto por Clayton Franco – Fotos por Roger Hodgson Official Twitter & Instagram – Edição por André Luiz
Roger Hodgson é uma lenda. Esta é a palavra que pode defini-lo. O músico britânico é conhecido como o ex-vocalista do Supertramp, mas dizer apenas ex-vocalista é limita-lo demais. Não apenas cantou na banda, como também tocou guitarra, piano, teclado e baixo além de ser compositor dos grandes clássicos do grupo a qual pertenceu de 1969 até 1983. Mais do que um vocalista, Hodgson é considerado a verdadeira voz do Supertramp. Ao deixar o grupo nos anos 80, se lançou em uma prolifera carreira solo com grandes músicas. Infelizmente, suas últimas tours (inclusive esta que faz parte da resenha) há pouca inclusão de músicas solo, priorizando e muito seus anos com o Supertramp. Com um currículo como este, Hodgson passou pelo Brasil em mais uma tour com um maravilhoso show em São Paulo no Espaço das Américas.
A primeira coisa que surpreendeu ao adentrar o Espaço das Américas era a quantidade de presentes ao show. Os camarotes estavam lotados, e a pista se não estava inteiramente cheia, havia um grande número de pessoas, o que até a hora do show cresceu ainda mais lotando pelo menos cerca de 80% da casa. Um ótimo público para uma casa que possui um dos maiores espaços para shows em SP, algo digno de grandes artistas. A segunda surpresa da noite foi o fato de haver inúmeras câmeras no palco e em volta da plateia (inclusive aquelas com guindastes em formas de grua). Achei que estavam em números demasiados a quantidade de câmeras, porém antes de Roger subir ao palco, o apresentador da noite avisou que Roger escolheu exatamente São Paulo e toda a estrutura fornecida pelo Espaço das Américas para gravar seu próximo DVD (abaixo vídeo do baterista da banda registrando a presença do grande público no local).
Logo após esse anuncio, Roger sobe ao palco iniciando a noite com “Take the Long Way Home”. A música inicial já dava o tom de como seria o show. Hodgson escolheu um clássico do Supertramp para abrir a noite, porém com uma roupagem mais nova e moderna. A canção teve toda a sua base tocada de forma mais rápida e nos teclados, o que a deixou um pouco distante da versão original, mas com um ritmo mais alegre e contagiante, o que seria ótimo para um DVD ao vivo. Ao final da música, Roger apelou para uma cola que havia levado em papel para dizer em português o quanto estava feliz por estar novamente no Brasil, seu sentimento pelos brasileiros e que todos deveriam esquecer momentaneamente os problemas dia-a-dia pois as próximas duas horas seriam de alegria e amor. Com esse belo discurso em português, prosseguiu o show com “School” e a inclusão de duas músicas de sua carreira solo: “In Jeopardy” e “Lovers in the Wind”.
Novamente Roger volta a fazer um discurso em português, agradecendo a todos os presentes e elogiando a participação destes no show pelo entusiasmo nas músicas e por cantar junto a todo momento. Dito isso, tocou “Babaji” emendada com “Breakfast in America”, clássico do Supertramp, que Roger fez questão de cantar “Breakfast in Brasil” como uma homenagem as mulheres presentes. Nem preciso dizer que isso levou toda a plateia à loucura, cantando esse clássico atemporal do início ao fim. E o show prosseguia com mais algumas canções de sua época no Supertramp com “Lady” e “Sister Moonshine” seguidas por “Hide in Your Shell” e “Lord Is it Mine”. Após essa belíssima sequência de clássicos de sua ex-banda, tivemos a inclusão de outra canção de sua carreira solo: “Had a Dream”.
Para aqueles que foram em outras tours de Hodgson pelo Brasil (como os shows de 2012) percebia-se que o set list era praticamente o mesmo, com pouquíssimas inclusões de outras músicas. Na verdade o motivo é que a muito tempo Roger não lança nada novo no mercado. Seu último trabalho solo, o excelente “Open the Door” é de 2000, portanto já se passam 14 anos que Rodgson lança apenas shows ao vivo em homenagem a sua ex-banda. Lógico que ninguém reclamou, visto que o Supertramp tem uma longa lista de canções que são imprescindíveis em um show ao vivo. E por falar em show, ele continua com “The logical Song” e a última canção solo da noite: “Death and a Zoo”. Após novamente agradecer a todos presentes, temos uma sequência de clássicos do Supertramp tocadas de forma seguida: “If Everyone Was Listening”, “Child of Vision”, “Dreamer” e “Fool’s Overture”, esta última mais uma vez com a base tocada de forma vigorosa e marcante no teclado, encerrando a primeira parte do show.
Ninguém arredou o pé da casa, e com todo público gritando em alto e bom som o seu nome, Roger Hodgson volta ao palco para um bis idêntico ao show dos anos 2000. A sequência foi com “Two of Us”, seguida por “Give a Little Bit” e a derradeira “It’s Raining Again”. Com esta canção o público se despediu de Rodgson que novamente agradeceu a participação de todos, dizendo que se não fosse o público a noite não seria tão emocionante e prazerosa como foi. Com um grande show como este, só nos resta esperar que em sua próxima tour, Roger passe novamente por terras tupiniquins e nos brinde com uma apresentação gloriosa, autentica e recheada de clássicos como esta. Deixo aqui meus agradecimentos finais a Agência Cartaz (em especial Camila Dias e Beatriz Barbosa pela atenção direcionada a nosso veículo) e a todos nossos leitores.
Setlist
1. Take the Long Way Home (música do Supertramp)
2. School (música do Supertramp)
3. In Jeopardy
4. Lovers in the Wind
5. Babaji (música do Supertramp)
6. Breakfast in America (música do Supertramp)
7. Lady (música do Supertramp)
8. Sister Moonshine (música do Supertramp)
9. Hide in Your Shell (música do Supertramp)
10. Lord Is It Mine (música do Supertramp)
11. Had a Dream
12. The Logical Song (música do Supertramp)
13. Death and a Zoo
14. If Everyone Was Listening (música do Supertramp)
15. Child of Vision (música do Supertramp)
16. Dreamer (música do Supertramp)
17. Fool’s Overture (música do Supertramp)
Bis:
18. Two of Us (música do Supertramp)
19. Give a Little Bit (música do Supertramp)
20. It’s Raining Again (música do Supertramp)
O show foi maravilhoso pena que o articulista esqueceu de mencionarbo tributo que meu amigo pessoal Roger Hodgson fez ao dedicar a música Lord it is mine a minha falecida mãe Maria Consuelo e falou que eu Arnaldo Neto deveria sempre amar a vida. E arrematou. Arnaldo Neto my friend i need you. Portanto sempre faz bem narrar um fato ocorrido mesmo insignificante para o autor desta matéria mas muito importante para mim meus familiares e público em geral tanto que Mr Roger Hodgson vira me visitar um minha residência na proxuna Tour em São Paulo Obrigado pelo espaço e aguardo que esta publicação seja mantida neste espaço ja impresso por mim abracos