Focus – 10-04-2014 – Curitiba (John Bull Pub)

Focus - Curitiba 2014 - por Clovis Roman1

Texto e fotos por Clovis Roman

O Focus é uma banda holandesa formada em 1969 pelo multi-instrumentista Thijs van Leer. O grupo teve interrupções durante sua trajetória, tendo seu primeiro fim em 78. Durante as décadas seguintes, o grupo tentou voltar algumas vezes, e chegou a lançar um disco em 85, mas a volta definitiva aconteceu apenas no começo do novo milênio, tendo em van Leer o único membro original. Completavam o time o baixista Bobby Jacobs (que permance até hoje), o guitarrista Jan Dumée e o baterista Ruben van Roon. Com esta formação, foi lançado Focus 8, que contém uma música chamada Rock & Rio. Esta não é a única relação do Focus com nosso país. Além de outras turnês já feitas no Brasil, o grupo, em seu último álbum, contou com a participação do chatíssimo Ivan Lins em Birds Come Fly Over (Le Tango). Apesar disso, o resultado ficou muito bom.

Mais uma vez por esse lados, o Focus apareceu pela primeira vez em Curitiba, para tocar no John Bull Pub. O local estava bastante cheio, e a qualidade sonora estava bacana. Considerando que o grupo abrange um público de idades bem variadas, foram colocadas algumas mesas na frente do palco, destinadas principalmente aos fãs mais experientes. Alguns mais jovens e flexíveis resolveram ficar sentados no chão no espaço entre as mesas e o palco. O resto do bar estava entupido.

O show é uma verdadeira viagem no tempo, liderada por Thijs van Leer, que é o dono da banda. Ao seu lado, além do já citado Bobby Jacobs nas quatro cordas, estão o exímio guitarrista Menno Gootjes (que chegou a tocar no grupo em 99, em uma das tentativas de retorno fracassadas, e entrou definitivamente em 2011) e o baterista Pierre van der Linden, que está há 10 anos na formação.

Focus - Curitiba 2014 - por Clovis Roman6

O Focus chegou a tocar material do disco Focus X (seu mais recente lançamento), mas no geral, deram prioridade aos sons mais antigos, como “House Of The King” e “Sylvia”. Entre as pérolas progressivas, enriquecidas pelos sons de flauta tocada por van Leer, era perceptível notar o desrespeito de alguns presentes no recinto. Durante verdadeiras obras primas, muitos insistiam em ficar conversando e fazendo barulho. Alguns dos que lá estavam para apreciar música, e não encher a paciência alheia, os repreendiam repetidamente.

Próximo ao final do espetáculo, chegou a hora de todos fazerem barulho. Uma canção curiosa e divertidíssima, que já foi regravada até mesmo pelo Iron Maiden: “Hocus Pocus”. Claro que ninguém conseguiu cantar aquele falsete à tirolesa que caracteriza a música, e foi o momento mais engraçado e empolgante do show, certamente. Impossível não rir da cantoria em uníssono, tampouco da empolgação genuína estampada no rosto de Thijs van Leer.

O líder da banda (cuja semelhança com o Chacrinha não passou despercebida) atendeu os fãs após o evento. Aliás, é digno citar que os ingressos foram devolvidos na saída, proporcionando à galera uma recordação da noite mágica.

A abertura da noite ficou por conta do Imagery, que também tocou com os holandeses em Florianópolis/SC, um dia antes. Como estava fazendo a cobertura de outro show, acabei chegando apenas no fim do set dos caras, que também, por definição, tocam progressivo. Porém, há muito peso nas composições do grupo. Pelo pouco que deu pra ver, a banda é muito boa.

Agradecimento especial para Beto Bull, pela solicitude.

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