Texto por Valéria Nascimento. Fotos por Marcello Sá Barretto / AgNews.
O Avenged Sevenfold é uma banda que impressiona. De verdade. Você pode até não gostar deles, mas não pode negar o sucesso crescente deles aqui por terras tupiniquins.
Shows cada vez mais cheios e fãs cada vez mais jovens e enlouquecidos lotam casas de show pra verem M. Shadows (mesmo com aquele cabelo lamentável), Synyster Gates, Johnny Christ, Zacky Vengeance e Arin Ilejay.
Mas não é apenas o sucesso com a galera brasileira que cresce. Eles amadureceram. Depois de ouvir o novo CD Hail to the King exaustivamente (e amar todas as faixas), cheguei ao HSBC Arena esperando ver uma banda segura, madura, sem o véu do luto pelo Rev. E encontrei. Fiquei feliz por isso. The Rev merece todas as homenagens do mundo, mas a banda precisava seguir em frente. E olha, se você curtiu o som deles em Hail to the King, saiba que ao vivo eles estão muito melhores. Confiantes.
Pontualmente o show “começa”. Com as luzes ainda acesas, começou a tocar “Back in Black” do AC/DC. Volume altíssimo. Tremeu a arena inteira e a galera cantou junto. Simplesmente arrepiante.
Até que as luzes se apagaram, os sinos da introdução de “Shepherd of Fire” começaram a tocar e a deathbat mais foda do mundo começou a surgir atrás do palco. Fiquei emocionada. A galera foi à loucura antes mesmo da banda entrar no palco.
O que já estava empolgante conseguiu incendiar de vez com a sequência de músicas de clássicos antigos como “Critical Acclaim” e “Beast and the Harlot.”
Sem tempo pra respirar, M. Shadows pede que Arin tire a camisa, afinal, era ROCK’N’ROLL e iniciou-se a faixa-título Hail to the King. Impressiona como melhoraram a presença de palco, principalmente o vocalista, interagindo bastante com a plateia.
Quando M.Shadows pediu que Synyster Gates fizesse a introdução de “Doing Time”, achei que seria um momento que as pessoas iriam curtir a música nova e descansariam para próxima. Engano. Letra na ponta da língua e a galera empolgou de verdade.
Tudo escurece e “Buried Alive” começa no solo de guitarra do Synyster Gates sozinho no palco. Delírio total. M.Shadows anuncia a próxima música dizendo que nunca a tocou no Rio de Janeiro e começa a baladinha “Seize the Day.”
Quase no fim da música, me afastei um pouco do palco e vi que nas músicas seguintes, “Nightmare” e “Eternal Rest” teve roda. No show anterior do Rio não era permitido.
Solo de guitarra de Synyster Gates por uns dez minutos pra assinar embaixo do título de uns melhores e mais rápidos guitarristas da nova geração.
The Rev se fez presente na hora de tocou “Afterlife”. A galera cantou a parte dele mais alto que o playback. Senti que o Shadows se emocionou, mas logo perguntou em seguida: “Vocês estão cansados?” E veio “This Means War” destruindo tudo.
Logo em seguida, M. Shadows já foi se preparando pra próxima música: “You people of Rio is fucking insane”. A galera vibrou demais e “Almost Easy” “encerrou” o show.
O bis teve a mítica “Unholy Confessions” destruindo tudo e logo em seguida corinho para “Little Piece of Heaven” que já sabiam que ia tocar pela setlist de Brasília e São Paulo.
“We’ll play a song about sex. A song about murder. A song about sex after murder”. Teve roda, choro, delírio, tudo. Fechou o show da melhor maneira possível.
A bem sucedida turnê que o Avenged Sevenfold faz pelo país, só vem a comprovar o excelente momento vivido pelo grupo californiano, que foi reconhecido recentemente como a melhor banda da atualidade.
Setlist do show:
Shepherd of Fire
Critical Acclaim
Beast and the Harlot
Hail to the King
Doing Time
Buried Alive
Seize the Day
Nightmare
Eternal Rest
Guitar Solo
Afterlife
This Means War
Almost Easy
Encore:
Unholy Confessions
A Little Piece of Heaven