Texto por Bruno Padro – Fotos por Daniel Ramalho
De volta ao Rio depois de um ano, o Evanescence quebrou o gelo e deixou de lado a frieza que marcou a última apresentação para fazer um show agradável mesmo sem ser empolgante.
A entrada no palco aconteceu às 21h45min precisamente e veio sem avisos. Subitamente um por um dos integrantes surgira no palco até a cantora Amy Lee entoar as primeiras palavras de What You Want, tal como nas apresentações anteriores.
A banda se comportou um pouco mais solta nos palcos brasileiros dessa vez e mostrou que eles podem e devem fazer shows bem carismáticos quando querem.
Com roupa bem “diplomática” Amy Lee carregava bandeiras de diversos países em sua roupa com destaques para as bandeiras de Brasil e Argentina nos braços. Ela falou pouco ao público, mas quando falou arriscou algumas palavrasem português. Logono inicio do show – após as bem executadas “Going Under” e “The Other Side” – ela tratou de agradecer os fãs presentes e lembrou que o Brasil foi importante para alavancar o início de carreira da banda. Na sequência eles tocaram Weight of The World e Made of Stone.
O som estava limpo e claro em toda extensão do HSBC Arena, o que ficou claro nas execuções das próximas músicas, principalmente com o uso do teclado e do piano por parte de Amy Lee.
“Lithium” e “Lots in Paradise” vieram em seguida arrancando sempre suspiros do público quase completamente jovem presente no local (“quase” porque era notável a presença de casais quarentões e até sessentões na platéia, uma surpresa agradável). Aliás, o público, é bom lembrar, interagiu muito bem com a banda fazendo sua parte não apenas cantando praticamente todas as músicas, mas também trazendo adereços como papel picado e bolas em formato de corações para a música “My Heart is Broken.”
Vale lembrar que a casa não estava lotada, mas o bom público que compareceu na noite de sábado ainda assistiu um set-list um pouco diferente do que foi divulgado, e contou com “Whisper, Oceans”, “The Change”, “Lacrymosa”, “Call Me When You’re Sober”, I”maginary” e “Bring Me To Life.”
Pouco antes das 23h00min a banda retorna para o “Encore” e Amy trata logo de anunciar que algo novo vem por aí. “Bom, não tão novo assim” – disse ela… Tratava-se de “If You Don’t Mind”, música que muitos acreditavam ser inédita mas que a banda já gravara em 2005 mas não lançou. Depois de Porto Alegre, foi a vez do RJ ouvir pela primeira vez tal canção.
Com Amy de volta ao piano a banda pediu bastante participação do público na última música da noite. My Immortal levantou ainda mais o publico contagiante e fechou uma apresentação talvez ainda um pouco burocrática para os padrões dos “calientes” brasileiros, mas bem interessante para os padrões gringos.