HELLOOCH, CURITIBA - PR
Review por Suelem Rocha (Helloween) & Robson Luis (Gamma Ray) - Edição por André Luiz
Fotos por Suelem Rocha & Robson Luis (metalrevolution.net)

Duas grandes bandas alemãs, Helloween e Gamma Ray, vieram ao Brasil para uma extensa turnê, intitulada Hellish Rock 07/08. Foram agendadas apresentações em oito cidades brasileiras, onde os fãs aguardavam com muita expectativa. A ansiedade era ainda maior por se tratar de um fato histórico. Esta foi a primeira vez que as duas bandas saíram em uma turnê conjunta. Considerando-se que o Gamma Ray é liderado por Kai Hansen (ex-integrante e um dos fundadores do Helloween), os fãs estavam curiosos para assistir os dois grupos dividindo o palco. Comentava-se inclusive, que eles fariam uma jam no final da apresentação e este se tornou um dos momentos mais esperados. O primeiro show em território nacional ocorreu em Curitiba, na Hellooch, em uma noite fria de terça-feira. Apesar de o dia não ser dos mais propícios e da infinidade de eventos que aconteceram e irão acontecer na cidade (forçando as pessoas a optarem por apenas alguns deles), um bom público compareceu à Hellooch.

Gamma Ray - por Suelem Rocha (metalrevolution.net)Gamma Ray - por Suelem Rocha (metalrevolution.net)

Depois de um hiato temporal de três anos, os alemães do Gamma Ray voltaram para Curitiba em uma noite fria, mas que prometia esquentar ao decorrer do show. Para isso o Gamma Ray contava com um set list mesclando clássicos e algumas poucas músicas mais novas.
A apresentação teve início poucos minutos após as 21h, conforme previsto. Depois da tradicional abertura Welcome, eles começaram tocando a agitada Into The Storm, que por sua vez é música integrante do Land of the Free II, álbum mais recente da banda. Logo em seguida, sem deixar o público presente — que estava em bom número se comparado ao último show no ano de 2005 — retomar o fôlego, já mandaram a clássica Heaven Can Wait, cantada em uníssono pela galera em um dos momentos mais marcantes da apresentação da banda.
Sem deixar a peteca cair, já tocaram New World Order do álbum No World Order seguida de Fight do Majestic. Promovendo outra música do Land of the Free II, eles tocaram From The Ashes, mostrando uma energia que há muito não se via na banda. A partir deste ponto, o Gamma Ray soltou clássico atrás de clássico. Para começar tocaram Valley of the Kings — presente no álbum Somewhere Out in Space —, música que muitas das pessoas presentes no local desejavam ouvir. A próxima música a ser executada seria outra que contou com grande comoção do público, Rebellion in Dreamland, que com certeza não poderia faltar em qualquer set list elaborado pela banda.
Sem pausa para descansar, a banda tocou a música que viria a ser a mais animada da noite, Heavy Metal Universe. A interatividade entre o público e a banda rolou solta, com Kai Hansen fazendo às vezes de coordenador de torcida, agitando todas as pessoas na casa de shows. A seguir veio a emocionante The Silence, presente no clássico álbum Land of the Free. Em um momento especial para todas as pessoas presentes no show, a banda tocou a "cover" de Ride The Sky em conjunto com todo o público, que por sua vez cantou a música inteira sem titubear. A última música antes do BIS foi a já antiga, mas muito boa, Somewhere Out In Space, que é está presente no álbum homônimo à música.
Para o BIS, a banda voltou tocando outra faixa que estava sendo muito esperada pelo público, Send Me A Sign, do álbum Powerplant, fechando a apresentação em alto estilo. Resumindo, o Gamma Ray fez um set list curtíssimo, mas ainda assim conciso e cheio de clássicos, agradando desde os fãs mais velhos aos mais novos. E assim terminou a apresentação da banda, com um gostinho de quero mais.


IMAGENS DO SHOW
Gamma Ray - por Suelem Rocha (metalrevolution.net)
Gamma Ray - por Suelem Rocha (metalrevolution.net)Gamma Ray - por Suelem Rocha (metalrevolution.net)Gamma Ray - por Suelem Rocha (metalrevolution.net)Gamma Ray - por Robson Luis (metalrevolution.net)
Gamma Ray - por Suelem Rocha (metalrevolution.net)Gamma Ray - por Suelem Rocha (metalrevolution.net)Gamma Ray - por Suelem Rocha (metalrevolution.net)Gamma Ray - por Suelem Rocha (metalrevolution.net)

Helloween - por Suelem Rocha (metalrevolution.net)Helloween - por Suelem Rocha (metalrevolution.net)
Às 23h teve início o show do Helloween. Andi Deris (V), Michael Weikath (G), Sascha Gerstner (G), Markus Grosskopf (B) e Dani Löble (D) já começaram agitando a galera com Halloween. A banda estava bem animada, assim como o público, que continuou vibrando bastante durante Sole Survivor e March Of Time. A qualidade do som estava boa. Um ótimo jogo de luzes abrilhantava a apresentação, além de criar um efeito interessante no pano de fundo, que exibia a capa do mais recente álbum do grupo: Gambling With The Devil (2007). Na seqüência eles tocaram uma música deste novo disco, a As Long As I Fall, que também contou com grande participação da platéia. A balada A Tale That Wasn’t Right veio em seguida e acalmou os ânimos da galera. Mas logo todos voltaram a agitar com The King For A 1000 Years. Antes desta, porém, Löble mostrou, individualmente, sua habilidade com as baquetas, aproveitando para interagir um pouco com a galera.
Depois tocaram a clássica Eagle Fly Free, que todos cantaram junto. Os músicos, como de costume, movimentavam-se bastante por todo o palco, pulavam, faziam coreografias, mostrando um ótimo entrosamento e transmitindo muita energia ao público. A nova The Bells Of The 7 Hells também teve boa aceitação, mas a galera vibrou bem mais com If I Could Fly. Antes de deixarem o palco, eles aumentaram a empolgação da platéia com a divertida Dr. Stein. Alguns minutos depois, eles voltaram com um medley que incluiu vários clássicos: I Can, Where The Rain Grows, Perfect Gentleman, Power, Keeper Of The Seven Keys; e a galera foi ao delírio.
Em seguida, saíram novamente do palco, sem se despedirem, levando a crer que logo estariam de volta. O público, então, começou a pedir “Future World”, que faria parte da jam, assim como “I Want Out”. Porém, o tempo foi passando, fecharam-se as cortinas, as luzes foram acesas, o som mecânico foi ligado. Para decepção dos presentes, nenhuma das bandas voltou ao palco. Ninguém queria acreditar no que estava acontecendo. Começaram a surgir boatos de que houve briga no camarim, de que eles haviam extrapolado o horário previsto para término do show, ou, o mais provável, de que Deris estava com problemas na garganta. Grande parte da platéia permaneceu na casa por mais de 30 minutos, com esperança de pelo menos descobrir o real motivo desta alteração no set list. Mas não foi dada nenhuma explicação e, aos poucos, os fãs foram deixando o local. Os que ficaram mais tempo, ao menos tiveram a oportunidade de pegar autógrafos e tirar fotos com alguns de seus ídolos, que tentaram compensar a falta da jam atendendo alguns fãs. Apesar de contente com a apresentação de cada banda, a platéia saiu frustrada, indignada por não ter visto um dos momentos mais aguardados por todos.

IMAGENS DO SHOW
Helloween - por Suelem Rocha (metalrevolution.net)
Helloween - por Suelem Rocha (metalrevolution.net)Helloween - por Suelem Rocha (metalrevolution.net)Helloween - por Suelem Rocha (metalrevolution.net)Helloween - por Suelem Rocha (metalrevolution.net)
Helloween - por Suelem Rocha (metalrevolution.net)Helloween - por Suelem Rocha (metalrevolution.net)Helloween - por Suelem Rocha (metalrevolution.net)Helloween - por Suelem Rocha (metalrevolution.net)

AGRADECIMENTOS
- Assessoria Imprensa Hellooch na pessoa de Ana Paula, pelo profissionalismo sempre demonstrado junto a Equipe Metal Revolution
- Robson Luis por debutar na Equipe Metal Revolution com um ótimo trabalho tanto na parte escrita quanto gráfica, o início de uma nova fase na cobertura de eventos em Curitiba
- Suelem Rocha
por toda sua dedidação nesses anos integrando a Equipe Metal Revolution. Obriado por todo este tempo segurando as pontas sozinha, e que nessa nova fase você não se ausente por tanto tempo das coberturas